Dez mil pessoas foram afetadas pela forte chuva que provocou inundações na província (estado) de Buenos Aires, a maior e mais rica da Argentina, informou o
governador Daniel Scioli, que decretou estado de “emergência hídrica” nesta quinta-feira (13). O transbordamento dos rios deixou submersos pelo menos 40 municípios – entre eles Lujan, cuja histórica basílica é visitada todos os anos por milhares de peregrinos católicos.
O mau tempo repercutiu na campanha para as eleições presidenciais de 25 de outubro. Daniel Scioli, candidato do governo à sucessão da presidenta Cristina Kirchner, viajou para Europa assim que terminaram as eleições primárias de domingo (9), em que ele conquistou o maior índice de votos (38% ). A ausência de Scioli foi criticada por seus dois principais adversários: o prefeito da cidade de Buenos Aires, Mauricio Macri (que ficou em segundo lugar, com 30% dos votos), e o deputado Sergio Massa, terceiro colocado, com apoio de 20% do eleitorado. Ambos ofereceram ajuda às vítimas das enchentes.
“O adversário aqui é a mudança climática. Lamento que alguns queiram transformar isso em um problema político – o mais importante agora é atender as pessoas afetadas”, disse Scioli, que interrompeu viagem à Itália e voltou hoje para a Argentina. Em abril de 2013, a queda de enorme volume d’água em muito pouco tempo provocou a morte de 89 pessoas em La Plata, capital da província de Buenos Aires.
Segundo Scioli, no momento, 2 mil pessoas estão desabrigadas e 2.400 deixaram suas casas com medo das inundações. Ele disse que nos últimos anos fez obras que reduziram o impacto das enchentes, mas ressaltou que “este não é o momento de fazer um inventário”. Segundo as previsões meteorológicas, as chuvas vão continuar, mas não com a mesma intensidade.
Fonte: Agência Brasil
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