Um mês após o primeiro estupro coletivo em Natal, no San Vale, a Polícia Civil, diante do terceiro caso, registrado no fim de semana, tem poucas pistas sobre o trio suspeito
de perpetrar os crimes.
Ao longo desta segunda-feira (17), a reportagem do portalnoar.com foi em busca dos elementos da investigação sobre o assunto e constatou que a polícia esbarrou na falta de elementos para prender o trio suspeito. Oficialmente não se diz nada, exceto que o caso está sob sigilo.
Chama a atenção dos investigadores o perfil dos suspeitos. Via de regra, quem se dispõe a estupros age sozinho. Não é o caso em questão. Intriga a polícia o fato de três homens terem se unido com esse propósito, além de roubarem suas vítimas.
No domingo, agentes da Polícia Civil estiveram no ‘Caminho das Torres’ um trecho carroçável que une os bairros de Felipe Camarão e o Planalto, onde, no sábado, o terceiro caso foi registrado. Os agentes radiografaram o local do crime, encontraram pedaços de roupas, cuecas, uma bolsa, carteira e a armadilha utilizada pelos bandidos para capturar suas vítimas: arame farpado, com o qual surpreendem quem trafega de moto, obrigando os traseuntes a pararem e perpetrando os crimes.
O que se tem de concreto é o depoimento das três vítimas. Todas têm relatado o mesmo modus operandi do trio: primeiro a armadilha, a abordagem dos bandidos, a agressão ao companheiro e, por fim, o estupro da mulher. “Eles fogem sem deixar rastros evidentes”, comentou um agente da Polícia Civil. Ninguém quis comentar a possibilidade de identificação dos bandidos através de exame de eventuais resquícios de DNA deixados nas vítimas.
Na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), na Ribeira, o assunto é um incômodo. Sem conseguir apresentar respostas, os agentes da Polícia Civil envolvidos no caso demonstram irritação. A mais perceptível delas é a da delegada Michele Barros, que deixou um recado na recepção dando conta de que nenhum jornalista será atendido.
Fonte: Portal Noar
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