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sexta-feira, agosto 07, 2015

Espanhol executado na Grande Natal sofria ameaças de morte, diz delegado

Anxon Anton (Foto: Vlademir Alexandre)O espanhol Anxo Anton Valiño Gonzales, de 51 anos, morto a tiros nesta quinta-feira (6), na Grande Natal, estava sendo ameaçado de morte. A informação é do delegado
Raimundo Rolim que assumiu a investigação do caso. O crime aconteceu no Jardim Lola, em São Gonçalo do Amarante, no meio da rua. Anxo Anton estava no regime aberto desde maio deste ano. O estrangeiro foi condenado pela morte do empresário Paulo Ubarana, crime ocorrido no município de Nísia Floreste em 2004.
De acordo com o delegado Raimundo Rolim, não há dúvidas de que o crime foi uma execução. "Estamos investigando a motivação do crime e não descartamos nenhuma possibilidade", disse. Segundo ele, a atual companheira Anxo Anton afirmou em depoimento que o espanhol vinha recebendo ameaças. Ela estava com ele no momento do crime, mas conseguiu correr e não foi atingida. 
A Polícia Civil suspeita que o espanhol estava envolvido com o tráfico de drogas. Na moto em que ele estava no momento do crime foi encontrado um saco plástico com uma substância que, de acordo com o delegado, provavelmente é maconha. "Ele também estava com quatrocentos e trinta reais fracionados dentro da cueca", disse Raimundo Rolim.
Atualmente, segundo a polícia, Anxo Anton trabalhava em um ponto de venda de lanches, na Zona Norte de Natal, de sua propriedade.
A execução
De acordo com a polícia, Anxon Anton estava em uma moto com a companheira, por volta das 12h30 desta quinta-feira (6), quando percebeu que estava sendo seguido por dois homens que trafegavam em outra moto. Ele acelerou para tentar fugir, mas foi alvejado na frente da casa onde morava, na Rua Carlos Gomes, no Jardim Lola, bairro de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal.
A companheira de Anxo disse à polícia que um dos homens tirou o capacete e olhou para Anxo antes de atirar. Ela conseguiu correr e não foi atingida. Anxo levou cinco tiros e morreu no local.
Caso Ubarana
O empresário Paulo de Tarso Ubarana desapareceu no dia 21 de setembro de 2004 e só foi encontrado uma semana depois, morto, com dois tiros na cabeça, na praia de Búzios, no litoral Sul do Estado.
No dia 24 de outubro de 2004 Anxo Anton e a companheira dele à época, Patrícia Maria da Silva, foram presos preventivamente pelo assassinato do empresário. Em julho de 2007 Anxo Anton foi condenado ao cumprimento de 19 anos de reclusão, pela prática de homicídio duplamente qualificado, considerado hediondo. Na sentença, ficou estabelecido que a pena deveria ser cumprida em regime inicialmente fechado.
No dia 13 de maio deste ano o juiz da vara de execuções penais Henrique Baltazar concedeu a progressão do regime semiaberto para o aberto.

Fonte: G1

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