O governador Robinson Faria afirmou nesta terça-feira (4) que lutará para manter o regular pagamento dos servidores do Estado. A declaração, dada em sua
chegada à Assembleia Legislativa, onde entregou relatório de prestação de contas semestral, foi contextualizada com o momento crítico financeiro atual, que já levou vários estados a enfrentar dificuldades para honrar o pagamento.
“Minha luta será essa. Não posso ser profeta, mas sou otimista e motivado. Acredito que vamos terminar o ano pagando o calendário em dia. Reuni-me na semana passada com equipe financeira para reduzir ainda mais as despesas”, afirmou o chefe do Executivo.
Na semana passada, Robinson decretou e rebaixou o novo limite para empenhos de despesas públicas porque a previsão de arrecadação para o primeiro semestre não se concretizou. Ao mesmo tempo, analisou o governador, alguns estado já enfrentam dificuldades para pagar o funcionalismo. No Rio Grande do Norte, os saques ao fundo previdenciário tem permitido, até aqui, honrar o pagamento em dia, sem a necessidade de parcelamentos.
“O decreto é uma adequação. Se há excesso de arrecadação, a gente repassa. Se há frustração, da mesma forma. Ou fazemos o ajuste ou não iremos colocar o estado no patamar de estabilidade. Temos cinco ou seis estados atrasando pagamento. Nós estamos atravessando porque estamos no caminho certo. Os repasses federais diminuíram porque há realidade nacional difícil”, comentou Robinson.
Um dos projetos para aumento de receita, lançado no início de sua gestão, diz respeito à venda da dívida ativa do Estado. Nela, estão listados débitos na ordem de 5 bilhões de reais de empresas e pessoas físicas que devem ao tesouro estadual. Robinson comentou nesta terça-feira que não pretende executar o valor, cobrando-o integralmente. Ele deverá vender a uma instituição financeira por um valor menor. Assim, o banco repassa ao governo o preço da negociação e se encarrega de cobrar aos devedores.
“Vender é melhor para fazer receita. Existe a modalidade da venda. Ceará já começou esse processo, e São Paulo já vendeu. Temos que tentar fazer esse mesmo trabalho. É uma coisa legal e normal. Precisamos vender porque a negociação para executar é muito lenta e nossa necessidade de angariar receitas é muito urgente”, explicou.
Fonte: Portal Noar
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