A sexta e provavelmente última temporada de Ralf no Corinthians é marcada por decepções para o volante que conquistou cinco títulos
com a camisa do clube e tem contrato prestes a se encerrar, em dezembro.
No próximo domingo, ele reaparece na equipe titular para enfrentar a Chapecoense, na Arena Condá, devido à suspensão de Bruno Henrique. Se dependesse do desejo da direção corintiana, entretanto, Ralf já teria saído do clube há quase dois meses.
Pouco depois de perder lugar no time do Corinthians, Ralf ouviu pedido de dirigentes do clube para que aceitasse transferência para o Al Ain-EAU, um negócio que o empresário Carlos Leite estava disposto a intermediar. A forma como a possibilidade foi internamente conduzida, sem que uma proposta formal chegasse às mãos e com valores e condições desencontradas, deixou o volante e seu estafe decepcionados.
A mágoa de Ralf com os chefes também tem a ver com uma possibilidade que havia sido apresentada poucas semanas antes, em meio à disputa da Copa Libertadores. Em reunião, o então diretor de futebol Sérgio Janikian acenou que o Corinthians tinha desejo de estender o contrato do jogador por mais duas temporadas, um discurso que mudaria pouco tempo depois quando o clube entendeu que precisaria reduzir sua folha salarial de forma drástica.
Fora da equipe principal desde as primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, Ralf entende ser justa a perda da titularidade para Bruno Henrique. De amigos, escutou que situação semelhante ocorreu justamente em sua chegada ao Corinthians. Em 2010, a então diretoria apostava nos experientes Marcelo Mattos e Edu Gaspar para a Copa Libertadores. No fim das contas, os jovens Ralf e Jucilei tomaram as posições. Hoje, o medalhão que perde fôlego e espaço é justamente ele.
Titular na equipe mista que foi eliminada pelo Santos na Copa do Brasil na quarta-feira, o jogador demonstrou estar em condição física e ritmo abaixo dos demais, fruto do período sem atuar regularmente. O provável é que Ralf siga no time que visita a Chapecoense domingo, mas sem grandes perspectivas de retomar a posição que foi dele desde 2010. Com pouco mercado na Europa, Ralf pensa em defender outra equipe brasileira ou asiática no próximo ano.
Antes disso, porém, seus representantes e ele esperam receber uma antiga dívida pendente com o Corinthians. Ralf e os empresários Alisson Garcia e André Costa têm quase R$ 4 milhões em aberto desde 2012. Um processo referente ao montante que cabe aos agentes corre na Justiça.
A reportagem tentou contato com o departamento de futebol do Corinthians, mas não obteve retorno.
Fonte: Uol
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