Aguinaldo Antunes Barbosa, 29, conseguiu voltar ao mercado de trabalho. A conquista veio sete meses depois de perder o emprego, após distribuir milhares de currículo e até oferecer R$ 300 para quem lhe
conseguisse uma vaga no setor de cerâmica, onde sonha atuar.
Morador de Rio Claro (a 175 km de São Paulo), ele afirma que, apesar de sua oferta de R$ 300 ter sido amplamente divulgada pela imprensa, o emprego foi conseguido da forma convencional: por meio de um dos currículos que distribuiu. Por isso, não terá que pagar a recompensa.
"Ninguém me indicou, foi um currículo que mandei e me chamaram. Mas se tivesse sido por alguma indicação, pagaria sem problema", diz. "Melhor assim, que economizo essa grana", afirma, entre risadas. "Mas agradeço a todos que tentaram me ajudar".
Ele diz que chegou a entregar cerca de cem currículos por semana nas empresas da cidade. "Se tivesse parado de distribuir, não tinha conseguido o emprego."
Sucesso gerou propostas
A curiosa história de Barbosa foi divulgada pelo UOL e por outros veículos. Cansado de procurar trabalho, ele tinha decidido oferecer R$ 300 para quem conseguisse para ele um trabalho no setor de cerâmica, ou R$ 200 se a vaga fosse em qualquer outra área.
Depois dessa divulgação, Barbosa diz que foi procurado por muitas pessoas, mas que a maioria das propostas era para atuar como representante comercial.
"Não tenho muita experiência nessa área e as coisas acabaram não caminhando", conta.
Dinheiro dá e sobra
No novo emprego, Barbosa irá trabalhar como operador de máquinas em uma fábrica de móveis planejados na cidade.
"Vou ganhar R$ 1.200, mais uma cesta básica por mês", conta. "É suficiente para pagar minhas despesas fixas e também os cursos que quero fazer", afirma ele, que vive com o irmão em uma casa de dois cômodos.
"Não tenho consumo alto, com R$ 800 pago todas as contas. Vai sobrar algum dinheiro ainda."
Sonho adiado
O trabalhador diz que ficou um pouco frustrado por não conseguir realizar seu sonho de trabalhar no setor de cerâmica, mas que a meta agora é se dedicar ao novo emprego para conseguir manter-se no mercado de trabalho.
"Quero ficar, evoluir, crescer na empresa. Essa é minha meta no momento", disse.
Mas o sonho continua firme para o futuro. "Eu aceitei esse trabalho e estou muito feliz. Mas quero fazer meus cursos, me especializar e, quem sabe, um dia trabalhar no setor de cerâmica."
Bicos continuam
Barbosa diz que pretende investir nos negócios que começou no período em que estava desempregado.
Nos sete meses que ficou sem trabalho, ele usou a maior parte de seu dinheiro para comprar uma máquina de assar frangos, por R$ 3.500, e chegou a produzir e estampar camisetas.
"Agora que vou ter esse fixo, não vou deixar de lado os bicos que estava fazendo. Na verdade, vou pagar as contas e investir neles. Irei usar parte desse dinheiro para comprar os frangos e os panos e estampas. Assim, invisto e multiplico o dinheiro."
Fonte: Uol
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