O caseiro suspeito de ter matado e enterrado a menina Maria Eduarda de Lima, de 11 anos, tinha um mandado em prisão em aberto pelo estupro de duas irmãs gêmeas de 15 anos em 2006 no bairro
Pajuçara, na Zona Norte de Natal. As informações são do delegado Raimundo Rolim, que investiga Carlos Alexandre de Andrade, de 38 anos, pelo homicídio, estupro e ocultação de cadáver da garota de 11 anos, encontrada enterrada nas dunas de Jenipabu, praia turística do litoral Norte da Grande Natal.
O delegado detalha que antes do caso de Maria Eduarda, o suspeito já havia sido preso duas vezes por estupro. "As vítimas foram uma adolescente de 17 anos e uma mulher que ele chamava de tia. Carlos Alexandre cumpriu pena, mas já estava solto. Agora descobrimos esse mandado de prisão pelo estupro das gêmeas", acrescenta.
Além dos cinco casos citados, Raimundo Rolim acredita que o suspeito possa estar envolvido em outros estupros com possíveis homicídios.
Com base nos laudos do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), o delegado afirma que Maria Eduarda foi morta por asfixia mecânica. "Ela foi brutalmente torturada. O corpo tinha vários hematomas, principalmente nas costas e no pescoço", disse o delegado.
Segundo ele, a menina estava com o hímen rompido, mas ainda não é possível afirmar se ela foi estuprada. "Para materializar o estupro é preciso encontrar sêmen na vítima, e este laudo que pode comprovar o estupro ainda não foi concluído", afirmou.
O crime
O corpo de Maria Eduarda foi encontrado no dia 16 de julho enterrado em uma região de dunas, em Jenipabu, no município de Extremoz. A criança estava desaparecida desde o dia 12 de julho.
O caseiro preso suspeito de ter cometido o crime trabalha em um sítio próximo ao local onde o corpo da menina foi enterrado.
Segundo o delegado Raimundo Rolim, na residência do caseiro foi achada uma toalha infantil recortada, cujo pedaço que faltava foi usado para amordaçar a criança. “Quando o corpo de Maria Eduarda foi desenterrado, havia um pedaço de pano enrolado na boca da menina”, afirmou.
O corpo de Maria Eduarda foi sepultado no dia 17 de julho.
Na residência do caseiro Carlos Alexandre de Andrade, policiais acharam uma toalha recortada, cujo pedaço foi usado para amordaçar a menina (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Fonte: G1
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