"É um psicopata sem dúvida e acredito que podemos estar diante de um serial killer". É como o delegado Raimundo Rolim classifica
o caseiro Carlos Alexandre de Andrade, de 38 anos, com base no histórico e nas descobertas que tem feito durante as investigações da morte da menina Maria Eduarda, de 11 anos.
Somando os crimes pelos quais já foi condenado e os que estão em fase de investigação, o caseiro tem o nome envolvido em pelo menos oito casos de estupro, com alguns deles seguidos de morte. "Isso sem contar os crimes que ainda não identificamos", afirma o delegado. De acordo com Raimundo Rolim, o caseiro nega todos os crimes.
Um dos casos investigados ganhou força nesta quinta-feira (30) depois que a Polícia Civil encontrou uma ossada enterrada próxima à casa onde Carlos Alexandre morava em Extremoz, na Grande Natal. A polícia acredita que a ossada encontrada seja de Lindomara Soares da Silva, desaparecida em 2008, mas a confirmação só será possível após exames.
Além de Lindomara e Maria Eduarda, o delegado está investigando uma morte e um desaparecimento ainda não solucionados. O primeiro é sobre uma mulher encontrada morta em 2010 na comunidade Cavaco Chinês, na Zona Norte de Natal. "Estava em cima de duna com sinais de violência sexual, calcinha na mão, mãos atrás na cabeça e pescoço com sinais de estrangulamento", detalha Rolim.
O delegado ainda não tem a identificação da vítima e conta que não existe inquérito policial sobre o caso. "Estou tentanto localizar o exame do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) para ter mais detalhes", informa.
Processos na Justiça
Sem contar quatro os casos em que ainda não foi indiciado, Carlos Alexandre também tem histórico na Justiça do Rio Grande do Norte. São três processos e quatro vítimas. Em dois deles, cometidos em 2003, o caseiro foi condenado pelo estupro de uma adolescente de 17 anos com quem estudou e de uma mulher a quem ele chamava de "tia".
O outro processo trata do estupro de duas irmãs gêmeas de 15 anos em 2006. O caseiro tinha um mandado de prisão em aberto pelo crime. "Carlos Alexandre estuprou uma e tentou estuprar a outra. Ele chegou a elas porque mantinha uma relação homoafetiva com um parente das vítimas", explica.
Caso Maria Eduarda
O corpo de Maria Eduarda foi encontrado no dia 16 de julho enterrado em uma região de dunas, em Jenipabu, no município de Extremoz. A criança estava desaparecida desde o dia 12 de julho.
O caseiro Carlos Alexandre de Andrade, de 38 anos, foi preso suspeito de ter cometido o crime. Ele trabalhava em um sítio próximo ao local onde o corpo da menina foi enterrado.
Segundo o delegado Raimundo Rolim, na residência do caseiro foi achada uma toalha infantil recortada, cujo pedaço que faltava foi usado para amordaçar a criança. “Quando o corpo de Maria Eduarda foi desenterrado, havia um pedaço de pano enrolado na boca da menina”, afirmou.
O corpo de Maria Eduarda foi sepultado no dia 17 de julho.
Fonte: G1
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