Tribunal de Justiça Penal da França condenou nesta quinta-feira (2) a nove anos de prisão à francesa Dominique Cottrez pelo infanticídio
de oito de seus filhos entre 1989 e 2000, acusação da qual ela mesma se declarou culpada.
Os corpos foram descobertos em 2010, quando o novo proprietário da casa dos pais de Dominique encontrou no jardim do imóvel, na cidade de Villers-au-Tertre, dois corpos em estado de putrefação envolvidos em sacos plásticos. A mulher, de 51 anos, confessou ter escondido mais corpos de bebês assassinados logo após o nascimento e os investigadores encontraram outros seis.
No julgamento ficou determinado que, em cada gravidez, ela aproveitava as férias ou viagens de trabalho de seu marido para dar à luz no banheiro, estrangular aos recém-nascidos e colocá-los em sacolas. A mulher alegou ter sofrido humilhações na primeira gravidez e que teve medo de que as crianças fossem de seu próprio pai, de quem em um primeiro momento disse ter sido abusada, antes de se retratar e negar qualquer incesto.
Após deliberar durante cinco horas, o júri reconheceu a existência de uma "alteração no discernimento" e negou premeditação no primeiro infanticídio, mas ressaltou a existência de uma "pauta" nos posteriores.
Os advogados de defesa disseram estar satisfeitos com a decisão e afirmaram que a cliente foi julgada com "inteligência, compaixão e humanidade". Eles garantiram que não vão recorrer da sentença, que não levou em conta o pedido de 18 anos de prisão solicitada pela Promotoria.
"Jamais foi uma criminosa", disse o juiz Frank Berton ao canal "BFMTV", onde destacou que Dominique se sente aliviada e agradece ter sido "escutada e compreendida pela primeira vez".
Na saída do tribunal, as duas filhas da mulher disseram estar felizes, pois a mãe "não é um monstro". Elas afirmaram que entendem seu sofrimento e destacaram que farão de tudo para ajudá-la enquanto estiver na prisão.
Fonte: Uol
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