Nesta terça-feira (28) é comemorado o Dia do Agricultor, porém a categoria potiguar não tem motivos para festejar. Encarando o quarto ano de seca, os
agricultores enfrentam os desafios de produção, associados com a situação econômica do país.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira, externou preocupação com a perda econômica do setor e do processo de empobrecimento do campo.
“No momento em que o país passa por um rigoroso ajuste fiscal, é fundamental que medidas de caráter emergencial tragam os pequenos agricultores de volta para a atividade produtiva”, afirmou Vieira, que também é presidente da Comissão Nordeste da Confederação Nacional da Agricultura do Brasil (CNA).
José Vieira relatou a falta de uma política de apoio à classe média rural, como também da instalação de um gatilho que dispare automaticamente medidas de proteção ao agricultor quando se instalar uma situação de calamidade climática.
Manoel Cândido, que preside a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do Rio Grande do Norte (Fetarn), reforçou que o segmento acumula prejuízos e apontou a seca como o principal fator para o tempo difícil que a agricultura potiguar enfrenta.
“A atual situação não traz expectativa de comemoração, é um momento difícil, com falta de produção”, declarou Cândido.
Mesmo com o cenário pessimista, Manoel Cândido comentou que 2015 está sendo um ano movimentado junto com os poderes público nas diversas autarquias, na tentativa de garantir políticas públicas para os agricultores.
“A nossa pauta de discursão é intensa, buscamos empréstimos, crédito para os agricultores em relação a estiagem, infraestrutura de água e a ração animal. São alguns dos pontos que são trabalhados há muitos anos e agora com mais intensidade”, argumentou.
Já o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do RN (Fetraf), João Cabral de Lima, relembrou que a categoria cresceu muito em comparação aos anos passados, e por isso há motivos para comemorar.
Cabral declarou que a agricultura familiar tem ações direcionadas e implantadas, que mesmo não sendo totalmente satisfatórias, auxiliam no trabalho do homem do campo. Para ele, o principal obstáculo é a produção e a comercialização.
“O problema não é a falta de terra, e sim a condição de água e uma coisa leva a outra. A estiagem dificulta a produção, que prejudica a comercialização. Além disso, não há um instrumento que regulamenta, fiscaliza outras produções que estão fora dos padrões, nos prejudicando”, relatou.
Fonte: Portal Noar
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