A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu na tarde desta quarta-feira (22) dois homens com ao menos R$ 1,2 milhão em notas falsas em um hotel na Asa Sul, em Brasília. De acordo com investigadores, a
dupla é suspeita de usar a suíte presidencial do estabelecimento para comercializar moedas falsas.
Policiais da Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e Fraudes (Corf) receberam denúncia anônima sobre a atuação dos dois homens. Eles foram abordados por agentes quando entravam em um carro em frente ao hotel. Durante a abordagem, um dos suspeitos saiu correndo com uma mala e se trancou no banheiro feminino do estabelecimento. Ele tentou descartar documentos e uma quantidade de dinheiro falso no vaso sanitário.
Os dois têm passagens pela polícia. Aurino Benjamin de Barros, de 52 anos, têm 17 passagens no Distrito Federal, a maioria por estelionato. O segundo detido, Francisco Marcelo Campelo de Carvalho, de 36 anos, também tem passagem, mas a polícia não especificou por quais crimes.
A suspeita é de que a dupla atue em outros estados há pelo menos cinco meses. Além do dinheiro falso, foram apreendidos com os suspeitos R$ 1,8 mil em notas de R$ 100 e de R$ 50 verdadeiras, envelopes e objetos aparentemente utilizados para falsificar as notas, como acessórios e soluções químicas e uma caixa metálica com rolhas, uma tesoura e documentos.
Acessórios e soluções químicas aparentemente utilizados para falsificar as notas (Foto: Isabella Calzolari/G1)
O delegado-chefe da Corf, Jefferson Lisboa, afirmou que os dois simulavam a fabricação de notas falsas. Eles chegavam a enrolar o bolo do dinheiro com selos falsos do Banco Central, inclusive com assinatura.
"Nesse golpe eles colocavam as notas verdadeiras em cima do bolo e misturavam com notas falsas. Eles aplicam golpes em pessoas que querem comprar o dinheiro falso e tentam mostrar que a nota falsa é de qualidade e produzida por eles, mas na verdade não é."
Outras duas pessoas estão sendo investigadas por participarem do ação da dupla dentro do hotel. Segundo as investigações, essas duas pessoas conseguiram sair do estabelecimento antes da abordagem da polícia.
Barros e Carvalho vão responder por crime de moeda falsa e posse de apetrechos de falsificação de moeda. Se condenados, eles podem pegar até 18 anos de prisão cada. Barros também vai responder por falsificação de documento por ter apresentado identidade falsa durante a abordagem dos policiais.
Fonte: G1
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