O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) aplicou 134 autuações em 56 agências bancárias da capital. O resultado? Mais de R$ 4 milhões em
multas somente nos últimos dois anos. As autuações estão relacionadas ao descumprimento de legislações municipais que tratam do atendimento ao cliente, como o tempo de espera e permanência nas filas, retirada de caixas eletrônicos dos estabelecimentos comerciais e segurança do consumidor.
“Diante desses números e da continuidade das infrações, o Procon Natal decidiu reunir os representantes dos bancos e da Febraban para exigir a apresentação de um plano de ações e redução dessas infrações, buscando a adequação e melhoria no atendimento”, afirmou Fernandes.
Ele acrescentou que “os recursos arrecadados com a aplicação de multas estão servindo para aparelhamento do órgão e isso retorna para o consumidor. Porém, a nossa intenção não é essa. O nosso objetivo é que as instituições melhorem suas instalações físicas e técnicas para atender o consumidor de forma eficaz”.
Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (29) com gerentes regionais e representantes das instituições bancárias sediadas em Natal, o Procon estabeleceu um prazo de 60 dias para que as instituições apresentem um cronograma de ações com medidas que visem a redução das infrações.
De acordo com o diretor geral do instituto, Kleber Fernandes, além do descumprimento da lei que estabelece o tempo mínimo de espera nas filas, em vigor desde 1998, os bancos da capital têm descumprido outras exigências como a instalação de banheiros com acessibilidade, entrega de ficha com o tempo de permanência do consumidor durante o atendimento e a instalação de tapumes que limitem a visibilidade das transações bancárias realizadas por clientes nos caixas de atendimento interno.
Outra questão apontada pelo diretor do instituto é a retirada dos caixas eletrônicos dos estabelecimentos comerciais o que segundo ele pode causar superlotação nas agencias em horários de pico. “Vamos solicitar um estudo quantitativo para avaliar se a mudança vai causar maiores transtornos aos consumidores”, disse.
Ainda de acordo com Kleber Fernandes, a maioria dos problemas enfrentados pela agências bancárias se deve ao fato de a maioria dos consumidores ainda não estarem adequados aos outros canais para realizações de transações bancárias, como as plataformas virtuais das bancos, além dos aplicativos para smartphones.
A insistência no descumprimento das legislações municipais pode gerar, além da aplicação de multas a interdição temporárias no atendimento das agencias irregulares. Estiveram presentes representantes do Banco do Brasil; Bradesco; Caixa Econômica Federal; Bradesco e Santander. Uma nova reunião para apresentação de resolução das pautas apresentadas foi marcada para o dia 25 de setembro.
Fonte: Portal Noar
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