A Polícia Civil do Amapá prendeu em
flagrante, na manhã desta segunda-feira (1º), o modelo e Mister Amapá 2015
Sergio Luiz Ribeiro da Silva, 21. De acordo com informações da polícia, ele
confessou o assassinato do
fisioterapeuta e carnavalesco Francisco das Chagas
Pereira, 48. O crime ocorreu no sábado (30) e o corpo da vítima foi encontrado
no domingo (31).
Segundo a polícia, o modelo, que
também é lutador de jiu-jitsu, matou o fisioterapeuta estrangulado, com um
golpe popularmente conhecido como 'mata leão'. Ele alega que tinha usado
cocaína.
A defesa de Silva confirmou a
confissão em depoimento à polícia. "Ele diz que tiveram uma relação, e na
hora dessa relação, por alguma coisa, eles se desentenderam. Ele estava
'chapado', tinha cheirado muito pó, e aí ele acabou enforcando. Ele não é um
bandido, é um jovem, digamos, deslumbrado", disse José Ronaldo Serra
Pessoa, advogado do jovem.
O modelo representaria o Amapá no
Mister Brasil 2015, que acontece no fim deste mês em Florianópolis, mas a
organização do evento informou, em nota, que ele foi "desligado pela
coordenação por descumprimento de normas."
Segundo o comunicado, para concorrer
é necessário "conduta exemplar, sem vícios, e bons antecedentes antes de
validar uma inscrição."
O crime
O rapaz contou à polícia que estava
sob efeito de drogas no momento do crime. "Ele contou que a vítima o levou
para o apartamento dele, que fica na rodovia JK. Lá, na hora que eles estavam
se relacionando, ele praticou o crime e depois simulou um roubo. Para isso,
fugiu no carro da vítima e levou uma TV e outras coisas da casa dele, que já
foram recuperadas", contou o investigador Elton Gonçalves.
O carro do fisioterapeuta foi
encontrado na frente de uma escola na manhã de hoje, junto com os objetos
tirados da casa.
Como o modelo foi a última pessoa a
ser vista junto com a vítima, passou a ser procurado pela polícia. Segundo o
investigador, inicialmente Silva negou o crime. "Quando acharam o corpo da
vítima, pegaram ele para interrogatório. Para cada policial ele contava uma
versão diferente, mas acabou que ele não tinha como negar e acabou
confessando", disse Gonçalves.
A polícia ainda investiga a causa do
crime. "A gente não sabe se eles mantinham uma relação há muito tempo. Ele
não falou a motivação do crime, disse apenas que tinha usado drogas e na hora
aconteceu, que não foi planejado", afirmou.
O fisioterapeuta assassinado era
figura conhecida no Estado e o crime teve grande repercussão no Amapá.
"Ele era bastante conhecido por atuar com pacientes que passavam por
cirurgia do coração", disse o investigador de polícia.
Fonte: Uol
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