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segunda-feira, junho 22, 2015

Justiça ouve suspeito de ser o mentor de estupro coletivo no Piauí

Suspeito de estupro coletivo negou autoria no crime (Foto: Catarina Costa/G1)A juíza Andreia Lobão, da comarca de Altos, ouviu na manhã desta segunda-feira (22) Adão José da Silva Sousa, 40 anos, suspeito de ser o mentor do estupro coletivo
contra quatro garotas na cidade de Castelo do Piauí. O depoimento durou cerca de uma hora. Segundo a juíza, Adão foi ouvido como testemunha no processo movido contra os quatro adolescentes, também apontados pela polícia por participação no crime ocorrido no dia 27 de maio.

Adão e quatro menores são suspeitos de violentar e abusar sexualmente das meninas e arremessá-las do alto do penhasco com cerca de 10 metros de altura. Uma das vítimas, Danielly Rodrigues, de 17 anos, morreu no dia 7. Ela teve esmagamento da face, lesões pelo pescoço e tórax e chegou a passar 10 dias internada, mas não resistiu às hemorragias.
Os suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público, que pediu pena de 151 anos para o adulto e aplicação de medida socioedutiva, no Centro Educacional Masculino (CEM), para os garotos. À polícia, Adão José da Silva Sousa negou participação no estupro coletivo.

De acordo com a juíza Andreia Lobão, Adão foi ouvido no município de Altos, por questão de segurança. “O juiz Leonardo Bandeira, me mandou uma carta precatória pedindo que ouvisse Adão por ele está preso aqui e por questões de segurança”, disse. A magistrada não pôde dar detalhes do depoimento pois o processo corre em segredo de justiça.
Os quatro menores também já foram ouvidos pela justiça no dia 12 de junho, mas os detalhes dos depoimentos também não foram revelados. Uma das vítimas ainda encontra-se internada no Hospital de Urgência de Teresina. As outras duas garotas receberam alta há duas semanas e estão passando por acompanhamento psicológico.
Quase um mês após o crime bárbaro, a população de Castelo do Piauí ainda está assustada. Uma campanha intitulada "Flores Para Elas" foi criada para arrecadar fundos para ajudar nas despesas com o tratamento das meninas.

Fonte: G1

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