"Eu acho que houve um grande engano. Meu filho é um piloto. Ele não fez nada de errado" afirmou Vera Lúcia de Moura, de 71 anos, antes de embarcar ao Peru no fim
da manhã deste domingo (31). Vera é mãe de Asteclínio da Silva Ramos, 28 anos, que está preso na cidade de Satipo desde abril.
Ele teve o avião derrubado pelo exército peruano por suspeita de tráfico de drogas, de acordo com o advogado Rodrigo Faucz, que foi contratado pela família para cuidar do caso.
Vera estava bastante emocionada e chorou ao falar do filho, que ainda se recupera de um ferimento após ser atingido por um tiro. A bala está alojada no abdômen dele, segundo o advogado.
"Eu estou indo com o doutor Rodrigo [Faucz, o advogado], que a gente possa trazer ele de volta. Ele precisa de assistência médica. Ele precisa de assistência psicológica. Ele precisa retomar a vida dele. Lá não é o lugar dele", disse.
A mãe de Asteclínio e o advogado voaram de Curitiba a Lima, capital do Peru, para se reunir com autoridades e também para tentar visitar o piloto na cadeia, conforme Faucz já havia dito ao G1 pela manhã.
O piloto curitibano ficou ferido e foi preso ao fazer um voo particular na cidade de Satipo. Ele foi contratado por um conhecido de um amigo que mora na Bolívia para fazer o transporte particular.
Segundo o advogado, que é especializado em direito penal internacional, equipes do exército que faziam ronda na região de helicóptero suspeitaram de tráfico de drogas e abriram fogo contra a aeronave que Asteclínio pilotava.
"A gente vai se reunir com diversas autoridades, sejam do Peru ou da Embaixada Brasileira, para tentar resolver essa situação. Também quero ter acesso completo ao processo para analisar como estão colocando essa situação contra o Asteclínio", afirmou o advogado.
Os dois seguem para Lima, capital do Peru, e para Satipo, onde o piloto está preso.
O advogado afirmou que Asteclínio está "absolutamente angustiado". O contato que Faucz tem tido com o cliente é feito via Embaixada ou por meio do defensor designado para o caso, conforme o advogado explicou.
"Eu espero, se Deus quiser, que a gente resolva (...) Não tem prova contra ele. Meu filho é inocente. Não existe nada", disse Vera. "Que meu filho possa voltar com o nome limpo, honrado porque ele é um homem honrado, um homem digno. Ele é um homem de caráter, ele é uma pessoa idônea".
Vera e o advogado devem voltar à capital paranaense na quinta-feira (4). Ela mora nos Estados Unidos, mas veio ao Brasil por causa da situação envolvendo o filho.
Fonte: G1
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