O Ministério da Saúde da Coreia do Sul informou neste sábado que foram registrados nove novos casos da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV), o novo coronavírus, o que eleva o total de
infectados no país asiático para 50.
Cinco dos novos doentes contraíram a doença após visitarem o Centro Médico Samsung de Seul, onde um médico recentemente foi infectado pela doença.
O caso do médico, que foi submetido à quarentena, elevou ainda mais a preocupação pelo surto do vírus na Coreia do Sul, já que antes que fosse diagnosticado com a doença, o profissional de saúde teve contato com mais de mil pessoas.
Outros três dos novos casos eram pacientes e profissionais de saúde do Hospital Saint Mary de Pyeongtaek, ao sul de Seul, onde foi registrado o primeiro caso de MERS na Coreia do Sul, no dia 20 de maio, e onde a maioria das infecções ocorreu até o momento.
Desde então, 50 pessoas contraíram o vírus que não pode ser combatido com vacinas e tratamentos. Entre elas, quatro morreram por causa da doença, segundo o Ministério da Saúde sul-coreano.
O surto também atraiu a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS), que anunciou ontem o envio à Coreia do Sul do diretor-geral adjunto para Segurança Sanitária, Keiji Fukuda, e de um grupo de especialistas para analisar a situação.
As autoridades sul-coreanas, por sua vez, colocaram mais de 1,6 mil pessoas em quarentena em instituições médicas ou em suas casas para tentar conter a propagação da doença.
Além disso, milhares de escolas e institutos cancelaram suas aulas para evitar novos contágios, enquanto muitos sul-coreanos optam por outras medidas preventivas como o uso de máscaras e maiores cuidados com a higiene, além de evitar as visitas a hospitais e lugares movimentados.
A OMS afirma que o contágio do coronavírus não é fácil e requer um contato muito direto. No entanto, alguns especialistas da Coreia do Sul acreditam que o vírus pode ter sofrido uma mutação, já que está se propagando entre pessoas que simplesmente compartilharam um quarto e não passaram muito tempo juntas.
Desde que o vírus foi detectado em humanos pela primeira vez na Arábia Saudita, em 2012, foram registrados 1.193 casos, confirmados em laboratório, em 25 países do mundo, dos quais 446 morreram, segundo dados da OMS.
Fonte: Folha de São Paulo
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