O cemitério Nossa Senhora da Conceição, localizado na Zona Leste de Manaus, é um dos mais antigos da cidade. Ele é usado por ribeirinhos da Zona Rural. Segundo
o administrador do local, Raimundo Nonato Magalhães, há 15 anos o cemitério sofre os impactos da cheia do Rio Negro. A enchente gerou desmoronamento de terra e já afetou algumas sepulturas. Nesta sexta-feira (19), a cota do Negro chegou a 29,60 m.
Localizado em uma colina no bairro Mauazinho, o cemitério se transforma em ilha no período da cheia do Rio Negro. Parentes que precisam enterrar entes fazem o trajeto de barco até o local. Entre um e cinco enterros são realizados por mês. A área corre riscos de desmoronamento, segundo a administração.
"O fenômeno das terras caídas vem acontecendo de uns 15 anos pra cá. Esse ano a cheia ainda não atingiu nenhuma sepultura, mas nos anos anteriores algumas foram afetadas", disse Magalhães.
Mesmo podendo optar pelos cemitérios na área urbana da capital, muitas famílias de ribeirinhos preferem realizar enterros no local.
"Muitos deles [ribeirinhos] já têm parentes aqui para o lado da terra firme e preferem trazer para cá [zona urbana], mas alguns ainda precisam enterrar os parentes lá [Cemitério Nossa Senhora da Conceição]. Para isso, só precisam entrar em contato comigo e não pagam nenhuma taxa", afirmou o administrador.
Cemitério é voltado para comunidade ribeirinha, diz administrador (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)
Magalhães disse que pretende melhorar a acessibilidade dos ribeirinhos até o cemitério, além de realizar reparos e a limpeza do local.
Existem cerca de 2 mil sepulturas no cemitério. Ainda segundo o administrador, os novos sepultamentos são realizados em uma área considerada segura, no lado oposto onde ocorrerem os desabamentos.
Fonte: G1
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