O Brasil é o país que concentra a maior quantidade de casos de doping no futebol mundial. O apontamento foi feito pela Wada
(sigla em inglês para Agência Mundial Antidoping) em relatório disponibilizado há uma semana. A entidade compilou em um único documento todos os exames em que foram encontradas substâncias proibidas em todas as modalidades que compartilham das regras da Wada. Os números são de 2013 e são os mais recentes sobre o tema.
Brasil campeão. Portugal vice
O futebol nacional registrou 10 casos positivos entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro do mesmo ano. Trata-se de mais de 10% do total de sanções aplicadas na temporada no esporte. A Fifa reportou à Wada 86 casos no período. O segundo lugar neste ranking é Portugal, com sete ocorrências. Bélgica, Grécia, Irã e Itália estão empatados em terceiro, com cinco cada uma.
Entre os casos dos brasileiros, nove foram em exames de urina durante a competição e um único caso foi por má conduta como, por exemplo, "incentivo, ajuda ou acobertamento para permitir que um atleta se dope", explica a Wada no relatório. A agência não divulgou os nomes dos flagrados neste relatório.
Modalidade é recordista de teste
O futebol é a modalidade que mais promove testes anti-dopagem no país. Por temporada, chega a 3 mil amostras coletadas nas competições nacionais e internacionais realizadas em gramados brasileiros. Uma iniciativa que se iniciou em 1989, quando da realização da Copa América no Brasil.
Campeão também na canoagem
Em 2013, ocorreram 36 resultados positivos no Brasil em 10 modalidades: levantamento de peso, automobilismo, canoagem, atletismo, natação (olímpica e paraolímpica), ciclismo, vôlei, pentatlo moderno, judô, além do futebol.
O atletismo foi o segundo esporte com com o maior número de ocorrências no Brasil, com sete. Número baixo na modalidade se comparado com a Índia, com 30 casos, Rússia (40) ou Turquia (53).
Mas o Brasil figura no topo da lista na canoagem, por exemplo. Os três casos positivos apontados pela Wada em seu relatório fazem do país o segundo lugar na modalidade em número de dopings. Atrás apenas da Rússia (6) e empatado com Portugal.
Dos 36 atletas que testaram positivo para substâncias proibidas no esporte brasileiro em 2013, apenas quatro eram mulheres.
Na América do Sul, nenhum país vizinho tem números mais impressionantes que os nossos. A Colômbia, que tem uma forte cultura do ciclismo, é a segunda colocada, com 23, seguida da Venezuela (21) e Uruguai (8).
No geral, o Brasil terninou 2013 na 12ª colocação em número de atletas flagrados ou punidos por doping. A lista é encabeçada pela Rússia (225), Turquia (188) e França (104).
Doping no Brasil em 2013 por modalidade:
Futebol - 10 casos
Atletismo - 7 casos
Levantamento de pesos - 5 casos
Esportes aquáticos - 3 casos
Canoagem - 3 casos
Ciclismo - 3 casos
Automobilismo - 2 casos
Judô - 1 caso
Pentatlo Moderno - 1 caso
Vôlei - 1 caso
Doping no cabo de guerra
Grande potência esportiva, a Rússia foi a campeã em casos de doping na temporada 213 com 225 ocorrências. Pouco mais de 20% delas foram no atletismo, com 42 registros. Mas até em provas de orientação houve um russo flagrado no antidoping e também na dança, é o que informa a Wada em seu relatório.
Há muitos outros atletas punidos em modalidades inusitadas. A África do Sul, por exemplo, sancionou um competidor de Cabo-de-Guerra após exame fora do período de competição. Na Itália, flagrou-se um atleta de bridge (jogo de carta) em exame de urina. Já o futebol americano contou com 12 ocorrências, nenhuma das quais, no entanto, nos Estados Unidos, só na Europa (Suíça teve 4 casos).
Das mais de 207 mil amostras de urina ou de sangue submetidas ao exame antidopagem, e 2.540 tiveram algum resultado adverso.
Fonte: Uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!