Segundo dados da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seec), dos mais de 15 mil professores cadastrados apenas 8.500 estão dando aulas, sendo
que os quase sete mil restantes estão afastados ou desviados de função. Estimativa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), hoje há um déficit de pelo menos 600 professores na rede estadual de ensino.
Ainda segundo a Seec, entre os anos de 2013 e 2015, um total de 2.176 professores pediu licença temporária ou se aposentaram. Já 4.500 educadores não estão dando aulas porque ocupam funções administrativas e pedagógicas. Na prática, a falta de professores faz com que os 8.500 profissionais que resistem nas salas de aula tenham que atender a uma demanda de, em média, 256 mil alunos matriculados nas 639 escolas estaduais.
Devido à falta de profissionais para ministrar aulas nas escolas, mesmo após mais de dois meses do início do ano letivo, o secretário estadual de Educação, Francisco das Chagas Fernandes, comunicou que irá convocar emergencialmente 339 professores temporários para ocupar as vagas em aberto.
Outra medida apontada pelo secretário foi ainda a negociação direta entre as direções das escolas e professores recém-formados para ocuparem, de forma interina, vagas em todo o Estado, com salário de R$ 900. O baixo valor da remuneração é justamente o fator apontado como desestímulo ao exercício da profissão, que tem caído entre a preferência dos jovens.
"Quando a comparação é com os demais profissionais com o mesmo nível de escolaridade, a nossa dura realidade mostra a sua face. Nossos salários ainda são a materialização da injustiça contra uma das categorias mais importantes na construção da riqueza material e imaterial do país", disse a coordenadora-geral do Sinte, Fátima Cardoso.
Fonte: O Mossoroense
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