A Polícia Civil informou que o guarda civil metropolitano Ewerton Duarte Caldas, de 38 anos, matou a namorada, Juliana Paiva Martins,
após uma briga no Shopping Buriti, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana. “Foi um problema passional. O casal estava tendo uma tensão na própria praça de alimentação que culminou nessa situação trágica”, disse o delegado responsável pelo caso, André Fernandes.
A família disse que ainda não sabe o que levou o homem a cometer o crime e que ele não era agressivo. “Nunca soubemos que ele tivesse ameaçado ela ou que já tivessem brigado alguma vez. Ele não era violento”, disse ao G1 o tio de Ewerton, o porteiro Orlando de Jesus dos Santos. Após disparar contra a vítima, ele atirou na própria cabeça e morreu em um hospital.
A polícia ainda vai investigar se Ewerton trocou mensangens de celular com um amigo, dizendo que estava dando tudo errado em sua vida e que estava prestes a fazer uma besteira.
"Nós temos essas informações que não se confirmam até o presente momento, mas isso depende de coletas de testemunhas ainda, do processo investigativo", disse o delegado.
O tio de Ewerton contou que o sobrinho já foi casado, mas se separou há cerca de sete anos. Depois do divórcio, ele passou a morar com a mãe e os dois filhos, uma menina de 11 anos e um garoto, de 9. “Ele era filho único, então a mãe está em choque até agora. Ela que cuidava dos meninos quando ele ia trabalhar”, afirma o tio. O guarda apresentou Juliana à família como namorada há três meses.
A família de Ewerton disse que ainda não teve contato com a família da jovem morta. “Não temos palavras para confortar a outra família ou pedir desculpas pelo ato do meu sobrinho. Ainda não sabemos o que provocou esse ato dele, então não temos nem o que falar”, lamentou Orlando.
O corpo de Juliana é velado no Cemitério Jardim das Palmeiras, no Setor Centro Oeste. Já o corpo de Ewerton não foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) até a publicação desta reportagem.
Licença médica
De acordo com o porteiro, o sobrinho tinha voltado ao trabalho há 15 dias, após licença médica para cuidar de problemas psicológicos. “A mãe dele me disse que ele estava muito estressado e nervoso ultimamente, mas já tinha buscado auxílio médico e estava tomando remédios. Só que esse estresse era coisa normal da profissão dele”, relata o tio.
O subcomandante da Guarda Municipal de Goiânia, Wladimir Passos, confirmou que o guarda ficou de licença médica durante 30 dias. Desde que retornou, ele atuava no serviço administrativo. Passos informou também que a arma utilizada no crime não pertence à corporação.
Homem chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hugo (Foto: Divulgação/PM)
Crime
O homicídio aconteceu na noite de sexta-feira (29), na praça de alimentação do Buriti Shopping. O guarda civil atirou na cabeça da jovem e, em seguida, tentou suicídio. Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu na madrugada de sábado (30), no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
No momento do crime, o shopping ainda estava aberto. Por isso, muitos clientes e funcionários estavam no local. Após o homicídio, a área foi isolada para que os bombeiros pudessem fazer o socorro e, em seguida, os policiais pudessem realizar a perícia.
Em nota, o Buriti Shopping lamentou o ocorrido e afirmou que prestará todo o suporte necessário para a família das vítimas. O centro comercial voltou a funcionar normalmente nesta manhã.
Fonte: G1
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