O empresário italiano Roberto Stellati, encontrado morto na madrugada deste domingo (17) dentro de uma cela na Cadeia Pública de Natal, deixou saudades. É o que estão escrevendo amigos
do estrangeiro na página que ele mantinha no Facebook. No perfil dele, estão várias postagens de seguidores. Alguns, se despedem em italiano: “Ciao, Robbe. Riposa in pace...” (Tchau, Robbe. Repouse em paz...). Outros, apenas lamentam o ocorrido: "La dipartita di un amico e la sola notizia mi fanno venire i brividi... (A partida de um amigo é a única notícia que me fazer tremer...).
Stellati, de 57 anos, foi preso em abril deste ano suspeito de tráfico de drogas na capital potiguar. Segundo a direção da cadeia, o estrangeiro sofria de problemas cardíacos, vomitava muito e fumava bastante. “Na carceragem dele havia mais de dez detentos. Portanto, somente a perícia poderá esclarecer a causa do óbito”, afirmou o agente penitenciário Ives Ferreira, vice-diretor da unidade.
Ainda de acordo com o vice-diretor, no período em que ficou preso o italiano recebia visitas constantes da mulher. “Recentemente, o filho dele veio visitá-lo, e ele chorou muito com a surpresa”, acrescentou.
Até o final da manhã desta segunda-feira (18) o corpo do italiano permanecia na sede do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), em Natal, e ainda sem o resultado dos exames que devem apontar a causa da morte.
A prisão
Agentes da Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc) prenderam Stellati no dia 13 de abril deste ano no bairro de Ponta Negra, na Zona Sul da capital potiguar. Na ocasião, o delegado Ulisses Souza explicou que denúncias anônimas indicavam que o italiano usava um apartamento como ponto de venda de drogas. “Fomos até o local e encontramos o estrangeiro com meio quilo de cocaína, R$ 986 em dinheiro, uma balança de precisão, cadernos com anotações da venda ilegal de entorpecentes e embalagens para acondicionar a droga”, detalhou o titular da Denarc.
Ainda segundo a Polícia Civil, as investigações revelaram que Stellati era dono de uma empresa de construção chamada Alleanza. Ele morava no Brasil desde 2007 e tinha situação regular no país.
Fonte: G1
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