Uma série de indicadores econômicos negativos marcará a passagem do Dia do Trabalhador neste ano. Além dos números desalentadores, há também as
medidas provisórias editadas pelo governo Dilma que cortam benefícios e direitos trabalhistas. Na véspera do feriado, deputados do PSDB alertaram para o grave momento e destacaram ainda a queda da renda e o ritmo acelerado de aumento do desemprego. Segundo o IBGE, no primeiro trimestre o índice subiu 1,9 ponto percentual, chegando, em março, a 6,2% – o maior patamar desde maio de 2011.
“O governo Dilma está deteriorando a cada dia mais a economia brasileira. Nós estamos passando pela maior queda de renda nos últimos 12 anos. O que a presidente tem para falar aos trabalhadores em relação a isso? Infelizmente não temos nada para comemorar”, apontou o vice-líder da Oposição, deputado Arthur Virgílio Bisneto (AM), em discurso na quarta-feira (29).
O tucano afirmou que o salário real dos trabalhadores sofreu a maior queda desde 2004. “Portanto, aquela falácia de dizer que o governo trabalha unicamente para os trabalhadores cai por terra. Os desempregos crescem em todos as regiões metropolitanas do país”, alertou o deputado.
De acordo com ele, a variação na taxa de desemprego neste início de 2015 é mais elevada que nos anos anteriores do governo Dilma. Em 2014, por exemplo, o indicador passou de 4,8% em janeiro para 5% em março. Agora, os valores são 5,3% e 6,2%, respectivamente. Embora todo início de ano tenha tendência de aumento da taxa por conta das demissões do pessoal contratado para atender ao mercado mais aquecido no final de ano, o aumento mais acentuado da taxa de desemprego agora também está vinculado com o cenário econômico muito ruim.
Dilma não tem o que dizer – Para o deputado Betinho Gomes (PE), a data tem que ser comemorada apenas do ponto de vista histórico, mas para o trabalhador brasileiro esse é um momento difícil, no qual tem ocorrido “um massacre aos trabalhadores”, com um aumento substancial na taxa de desemprego. “Em meio a isso, o governo não mostra caminhos para solucionar uma crise que atinge a todos, principalmente o trabalhador. Deve ser por isso que a presidente se envergonhou e não vai fazer o tradicional pronunciamento de 1º de maio”, destacou.
Em sua avaliação, a principal liderança do país não consegue dar uma resposta para sair dessa crise que parece não ter fim. O deputado acredita que a petista poderia aproveitar o momento para pedir desculpas à nação. Dilma, porém, cancelou o tradicional pronunciamento em rede de rádio e TV do Dia do Trabalhador.
“Está faltando algo essencial para um governante, que é a humildade. Ela tem que reconhecer seus erros e pedir o apoio da nação, mas prefere se omitir e se esconder do povo brasileiro. Ela demonstra toda sua arrogância com essa atitude que decidiu tomar”, criticou. Para o tucano, o povo brasileiro está sem muitas esperanças de que algo vá mudar. “Pior que a crise é a falta de perspectiva de superação”. Até agora o que ela fez foi cortar direitos e benefícios e arrochar o cinto do trabalhador, já tão sacrificado.
O deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) também criticou a omissão de Dilma e disse que não há muito que se comemorar neste ano por causa dos desmandos administrativos do governo do PT. “É uma incoerência enorme termos o Partido dos Trabalhadores apresentando propostas contra os trabalhadores. Não é à toa que ela está com medo de aparecer na TV”, avaliou.
“Ela quer que a população pague a conta, subindo impostos”, criticou, ao lembrar que até mesmo a aposta na Mega-Sena foi elevada em 40%. “O que ela tem que fazer é diminuir a gastança do governo e dar mais apoio ao trabalhador, que é quem gera riqueza para o país”, avaliou. Na contramão disso, desde o início o brasileiro amarga a sucessivos aumentos das tarifas de energia e gasolina, sem contar o incremento da taxa de juros.
Fonte: Defato
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