Em reunião neste domingo (17) no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma discutiu durante quatro horas com ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson Barbosa
(Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda) qual deve ser o corte de gastos para atingir a meta de superavit primário (receitas menos despesas deste ano).
O ministro Levy defende um corte que deixe o país "nos níveis de 2013". No sábado (16), ele afirmou em Florianópolis: "É um exercício de disciplina. O ano de 2014 foi além do que a gente pode suportar. 2013 foi um ano bom, uma boa linha de referência".
A ala mais política do governo defende um bloqueio de gastos, chamado de contingenciamento, na casa dos R$ 60 bilhões, para evitar uma paralisia de ações do governo.
Na área econômica, Planejamento e Fazenda avaliam um corte entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. Os técnicos buscam definir o maior bloqueio possível preservando ao máximo gastos sociais e dentro dos limites impostos pelas despesas obrigatórias.
A decisão final será da presidente Dilma e pode ser discutida nesta segunda (18) por ela em reunião com líderes aliados, comandada pelo vice-presidente Michel Temer.
Para atingir a meta, Dilma já estuda como obter, ainda neste ano, novas fontes de receita.
A equipe econômica acredita que os cortes, que devem ser anunciados até o final desta semana, e o aumento de receitas levarão à meta de economia deste ano, de R$ 66,3 bilhões para todo o setor público, sendo R$ 55,3 bilhões apenas do governo.
A meta do setor público equivale, hoje, a 1,1% do PIB. O mercado avalia que, se o governo chegar a 0,8% do PIB, já será um bom caminho.
Fonte: Folha de São Paulo
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