O americano Michael Kenneth McAlister, 58, recebeu "perdão absoluto" nesta quarta-feira (13) depois que "evidências avassaladoras" comprovaram que ele não cometeu o crime pelo qual havia sido acusado. Ele ficou preso por 29 anos pela tentativa
de estupro cometida por um sósia.
A campanha pela libertação de McAlister durou décadas, com adesão inclusive da polícia e de promotores nos últimos anos.
Recentemente, o verdadeiro autor do crime, o estuprador em série Norman Bruce Derr -- que tinha muita semelhança com McAlister --, assumiu sua responsabilidade.
"Minha equipe e eu revisamos cuidadosamente a documentação do caso e concluímos que um perdão é apropriado em vista das evidências esmagadoras, incluindo uma confissão recente por outro indivíduo, apontando para a inocência de McAlister", disse em nota o governador da Virgínia, Terry McAuliffe.
"Choramos lágrimas de felicidade desta vez", disse Denise Haas, irmã do acusado, em entrevista ao "Guardian".
McAlister havia sido condenado em fevereiro de 1986 pelo sequestro e pela tentativa de estupro de uma mulher na cidade de Richmond.
A vitima lutou contra o agressor e conseguiu obter uma visão parcial do seu rosto, coberto com uma máscara. A mulher identificou McAlister como autor da agressão.
Derr já está preso, cumprindo três penas de prisão perpétua no Estado.
A família de McAlister disse que espera recuperar o tempo perdido. A data exata em que ele será solto não foi divulgada.
"Ele tem tido desejos de costelinha de porco", disse Denise. (Com "Washington Post" e "Guardian")
Fonte: Uol
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