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quarta-feira, abril 29, 2015

Justiça portuguesa condena inspetor do caso Madeleine por difamação

Gonçalo Amaral posa ao lado de pôster com a capa de seu livro, ‘Maddie: The truth about the lie’ (‘Maddie: A verdade sobre a mentira’) em foto de 24 de julho de 2008, em Lisboa (Foto: AFP Photo/João Cortesão) O ex-inspetor da polícia portuguesa, encarregado da investigação para esclarecer o desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann, foi condenado a
pagar 500 mil euros (US$ 548 mil) aos pais da menina por difamação, segundo sentença proferida nesta terça-feira (28).

Gonçalo Amaral "foi condenado a pagar a cada um" dos pais "uma indenização compensatória de 250 mil", avaliou uma corte civil de Lisboa na segunda-feira.

Kate e Gerry McCann processaram o então encarregado do caso por ter publicado, em 2008, um livro intitulado "Maddie, a investigação proibida", na qual acusou o casal de ter ocultado o cadáver da filha, após a morte acidental da menor.

O tribunal condenou Amaral e seus editores a retirar os exemplares em circulação e proibiram qualquer reedição do livro, bem como a difusão de um documentário baseado nesta tese.

A família pedia uma indenização de 1,2 milhão de euros por danos e dizia, ainda, que a publicação deste livro teria prejudicado a investigação.

Maddie desapareceu em 3 de maio de 2007 no quarto de um hotel no balneário da Praia da Luz, no sudeste de Portugal, onde a família passava férias.

Após 14 meses de investigação, marcadas especialmente pelas acusações feitas contra os pais e a destituição de Amaral, a polícia portuguesa encerrou o caso em 2008, embora o tenha reaberto cinco anos depois.

O casal continua afirmando que a filha foi sequestrada e que poderia ainda estar com vida.



Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine, falam à imprensa após audiência de processo contra Gonçalo Amaral, em 8 de julho de 2014, em Lisboa (Foto: AFP Photo/Patricia de Melo Moreira)Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine, falam à imprensa após audiência de processo contra Gonçalo Amaral, em 8 de julho de 2014, em Lisboa (Foto: AFP Photo/Patricia de Melo Moreira)

Fonte: G1

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