Preso há três semanas acusado de comandar um esquema de corrupção e desvios de recursos na Prefeitura de Macau, o ex-prefeito Flávio Veras deixou há alguns dias o Centro de Detenção Provisória da
Ribeira, onde estava detido, e foi levado para o Hospital da Polícia, no Barro Vermelho, também em Natal. O problema é que passado alguns dias, a transferência começa a levantar suspeitas, tanto que o Ministério Público do RN e a juíza responsável pela prisão já cobram esclarecimentos sobre a situação de Flávio na unidade médica.
“Oficie-se ao Hospital da Polícia para que informe em 24 horas, sobre o atual estado de saúde do preso, bem como sobre o tratamento que está sendo realizado e as especialidades dos médicos que estão acompanhando. Deverá, ainda, a direção do hospital, no mesmo prazo, informar se o paciente/preso tem recebido visitas e como estão sendo realizadas. Em tempo: oficie-se a Direção do Hospital Clovis Sarinho requisitando a cópia do prontuário do réu, no prazo de 48 horas”, afirmou a juíza Cristiany Maria de Vasconcelos Batista, em despacho publicado já nesta semana.
O pedido de explicações não é para menos. Desde que foi internado na unidade médica, sobre motivos ainda não divulgados, o ex-prefeito tem sido monitorado por uma equipe de promotores do Ministério Público e estes teriam constatado situações “estranhas” na internação, como o fato de que Flávio Veras está sendo atendido no Hospital pelo seu médico particular, Gutemberg Nóbrega, e não por um funcionário público. Além disso, por estar em uma unidade médica, ele estaria recebendo visitas muito mais frequentes do que se estivesse detido em um CDP, por exemplo, como ele estava até há alguns dias.
É importante lembrar que Flávio Veras foi preso no dia 23 de março, após pedido do Ministério Público do RN, sobre acusação de comandar, mesmo não sendo mais prefeito, um esquema de desvio de verbas públicas da Prefeitura de Macau, por meio da contratação de bandas com cachês superfaturados.
Na semana passada, o ex-prefeito tentou sair da prisão onde estava, na Ribeira, por meio de um Habeas Corpus, contudo, a desembargadora Zeneide Bezerra negou, liminarmente, o pedido. Conforme a magistrada argumentou na decisão monocrática, a continuidade da prisão de Flávio Veras “é imprescindível para preservar as provas”. O pedido, então, segue para análise da Procuradoria de Justiça e, depois que concluído o parecer desta, volta para a Câmara Criminal, para ser julgado coletivamente.
Fonte: Portal JH
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