quarta-feira, abril 01, 2015

Dupla que vendia atestado de HIV para retirar FGTS é identificada

Dupla foi identificada pela Polícia Federal (Foto: Reprodução / TV TEM)A Polícia Federal de Bauru (SP) identificou a dupla suspeita de vender falsos atestados médicos de HIV para que as pessoas pudessem retirar o fundo de garantia. De
acordo com a Polícia Federal, a dupla foi indiciada pelo crime de falsificação de documento público. Eles também vão responder a processo por estelionato, porque eles cobravam percentual dos interessados que conseguiam sacar o fundo de garantia com a atestado médico falsificado.
De acordo com as investigações, a médica que teve o nome escrito nos atestados também é vítima dos golpistas. A Caixa Econômica Federal informou que está colaborando com as investigações. A prefeitura de Bauru informou que não recebeu ainda notificação oficial sobre o caso.

Investigação
Em algumas imagens cedidas pela polícia é possível ver Roberto da Silva, que aparece no vídeo de boné, e o comparsa Fernando Aparecido Pereira em uma loja de informática. Segundo as investigações é na loja que aparece nas imagens que a dupla falsificava atestados médicos durante um mês para interessados em sacar o FGTS.
Em depoimento, um deles disse ter comprado no centro da cidade um pen-drive com um modelo de atestado similar aos emitidos pela secretaria de saúde de Bauru. A função da dupla era alterar o nome do interessado e a data do pedido.
Em todos os casos, aparecia no atestado um código que se refere a pessoas portadoras de HIV.  Pela lei, é possível sacar o FGTS em casos de demissão sem justa causa, fechamento da empresa, ou em casos de doenças graves, como câncer e Aids.
Ainda conforme a polícia, cinco pessoas foram presas em agência do Jardim Redentor, em Bauru, ao tentar sacar o fundo de garantia e entrar com o pedido do benefício com atestado médico falsificado. Nos primeiros meses do ano, a gerência desconfiou de dezenove pedidos de saques do fundo de garantia na agência. Na cidade, haveria no total cerca de 90 casos de acordo com o banco. Para participar do esquema, o interessado pagava de R$ 400 R$ 1.800.
Segundo o delegado da PF, José Emanuel Ferreira de Almeida, as pessoas que compram os atestados também são criminosas. “Para as pessoas que tem o fundo de garantia retido que não se deixem seduzir por uma suposta facilidade de sacar com utilizando um atestado falso ou qualquer outro meio fraudulento porque poderão ser responsabilizadas criminalmente e eventualmente ser pressa em flagrante.”
Todo empregado registrado tem direito ao depósito mensal do fundo de garantia feito pelo empregador. O valor é de 8% do salário. Pela lei, é possível sacar o FGTS em casos de demissão sem justa causa, fechamento da empresa, e em casos de doenças graves. O benefício pode ser requisitado para o titular ou dependente.

Atestado tinha código que se refere à pessoas com HIV (Foto: Reprodução / TV TEM)Atestado tinha código que se refere à pessoas com HIV (Foto: Reprodução / TV TEM)

Fonte: G1

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