Num aparente alívio para os cofres públicos da Venezuela, a China emprestou mais US$ 5 bilhões ao governo do presidente socialista
Nicolás Maduro.
O empréstimo, anunciado na noite de domingo (19) por Maduro, é parte de um acordo pelo qual Caracas reembolsa suas dívidas despachando petróleo para a China, que carece dos recursos naturais para sustentar sua economia.
Pequim já emprestou US$ 47 bilhões a Caracas no âmbito deste pacto, firmado em 2007 sob o governo do então presidente Hugo Chávez.
O empréstimo adicional surge num momento em que a Venezuela se tornou um dos países mais afetados pela queda dos preços petroleiros, causada por uma oferta abundante no mercado.
O barril venezuelano fechou a semana passada em US$ 50, contra US$ 90 em setembro –e US$ 98 em 2013.
Este cenário é desastroso para um país onde o petróleo responde por nove de cada dez dólares arrecadados e que precisa destes mesmos dólares para importar quase tudo o que consome.
Antes mesmo da degringolada petroleira, as reservas cambiais da Venezuela já haviam baixado para menos de US$ 20 bilhões devido a políticas de governo que incluem fartos subsídios e gastos sociais.
Neste segunda-feira (20), a chanceler venezuelana, Delcy Rodriguez, chegou ao Irã, outro país afetado pela queda dos preços petroleiros, em busca de uma estratégia comum para "estabilizar o mercado."
Fonte: Folha de São Paulo
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