Um atentado suicida realizado neste sábado (18) perto da entrada de um banco estatal na cidade de Jalalabad, no leste do
Afeganistão, matou pelo menos 34 pessoas e deixou outras 110 feridas, informaram à Agência Efe fontes oficiais e da polícia.
O ataque ocorreu no início da manhã, quando dezenas de pessoas, incluindo funcionários do governo afegão, estavam na entrada do Banco de Cabul, na capital da província de Nangarhar, para receber seus salários.
O porta-voz do governador regional, Ahmad Zia Abdulzai, disse à Efe que no "horrível incidente" morreram 30 civis e outros 80 ficaram feridos, apesar de haver discordância sobre os números, elevados por profissionais de saúde da região.
"Recebemos os corpos de 33 pessoas e 110 feridos, incluindo crianças", afirmou à Efe o diretor do Departamento de Saúde de Nangarhar, Najibullah Kamawal.
A outra vítima é o próprio insurgente que detonou os explosivos escondidos em um colete, indica um comunicado do Ministério do Interior do Afeganistão.
Imagens do atentado divulgadas pela imprensa local mostram dezenas de pessoas no chão, muitas delas ensanguentadas e com graves queimaduras.
O porta-voz provincial da polícia, Hazrat Hussain Mashriqial, revelou que vários afegãos estão formando longas filas nas portas dos hospitais onde foram transferidas as vítimas para doar sangue.
Outras duas explosões foram registradas em Jalalabad nesta manhã, ambas sem vítimas.
Um porta-voz do Taleban, Zabihullah Mujahid, condenou os atentados através de nota publicada através de sua conta oficial no Twitter.
"Essa manhã duas bombas explodiram e feriram civis frente a um tempo e um banco em Jalalabad. Condenamos e negamos nossa participação em ambos os ataques", disse Mujahid.
O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, também condenou pelo Twitter o "ataque terrorista", afirmando que é "o maior ato de covardia promover atentados contra civis inocentes".
Segundo relatório recente da ONU, 655 civis morreram e outros 1.155 ficaram feridos nos primeiros três meses de 2015 por causa de eventos relacionados com o conflito armado no Afeganistão.
Fonte: Uol
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