A superlotação do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Apodi, as constantes tentativas de fuga e entrada de materiais ilícitos estão provocando temor na
população apodiense.
Isso por que cerca de 33% dos presos são considerados de alta periculosidade e foram transferidos de Natal para Apodi durante as rebeliões de março.
Segundo o diretor da unidade, Márcio Morais, em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, desde a chegada dos novos apenados, a população teme que o caos do Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte chegue à cidade.
“Estamos em alerta geral e a população está aterrorizada. Tem morador, inclusive, que já alugou sua residência aqui perto do CDP e foi morar em outro canto”, disse.
O CDP de Apodi existe há cinco anos e tem sido modelo para o Estado, com ações de ressocialização, mutirões de limpeza e salas de aulas. Entretanto, Márcio alerta que “com essa situação, a gente fica impedido de realizar este trabalho”.
Na manhã deste domingo (26) os agentes penitenciários, em conjunto com o Grupo Tático de Operação da Polícia Militar, precisaram intervir e realizar uma revista geral nas sete celas que compõem o CDP de Apodi.
A medida foi uma contra-resposta, pois durante a madrugada deste domingo (26), dois indivíduos de moto tentaram, pela segunda vez em menos de dez dias, repassar drogas e serras aos presos.
De acordo com Márcio, o material era destinado aos apenados recém-chegados.
“Foi tudo muito rápido. Eles jogaram e fugiram. Na sacola, os agentes encontraram duas serras, três celulares, cocaína, maconha e crack”, contou o diretor do CDP.
Na revista, os agentes encontraram alguns ímãs, que seriam utilizados para atrair materiais metálicos de uma cela para outra.
Afim de resolver a problemática, Márcio solicitou vagas à Coordenadoria de Administração Penitenciária para que alguns presos sejam transferidos.
O Centro de Detenção Provisória de Apodi possui 60 vagas para o regime fechado, entretanto, a unidade custodia atualmente 90 detentos.
Fonte: Mossoró Hoje
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