Rival do Palmeiras pela primeira fase da Copa do Brasil, o Vitória da Conquista possui em seu elenco 30 jogadores. Para eles, a partida desta quarta-feira (4) é uma grande chance para conseguir um
contrato melhor para a sequência da temporada.
O clube conta com a renda da bilheteria e a ajuda de um empresariado local para pagar sua folha salarial que gira em torno de R$ 150 mil. O valor, por exemplo, é três vezes menor do que Valdivia recebe do Palmeiras -aproximadamente R$ 500 mil. Em recuperação de uma contusão muscular, o chileno não joga desde o dia 7 de dezembro.
A expectativa é que o estádio Lomanto Júnior, o Lomantão, esteja lotado para a partida. O clube colocou 13 mil ingressos à venda com os preços que giram entre R$ 60 e R$ 200 e espera arrecadar aproximadamente R$ 1 milhão (valor bruto).
De acordo com o regulamento da Copa do Brasil, o mandante da partida fica com a renda total desde que aconteça o jogo da volta. Caso contrário, o clube classificado fica com 60%.
Se o Palmeiras vencer o rival por dois gols de diferença elimina a partida de volta.
De olho na arrecadação, o presidente do Vitória da Conquista, Ederlane Amorim, 47, promete dar um bicho -incentivo financeiro- aos jogadores caso consigam disputar o segundo jogo.
"A gente administra o que arrecada e não devemos nada para ninguém. Neste ano, investimos um pouco mais na nossa folha salarial em razão do jogo contra o Palmeiras, que terá uma boa bilheteria. Por isso, conseguimos trazer jogadores experientes como o Viáfara [goleiro] e o Paulo Almeida", disse o mandatário.
"Sabemos o abismo que existe entre o nosso time e o Palmeiras. Queremos primeiramente levar o jogo para São Paulo. Ganharíamos financeiramente, em visibilidade e sustentação da marca", acrescentou o dirigente, que diz que investirá parte do valor arrecadado no futebol com a intenção de levar o time à Série C do Brasileiro –disputou a quarta divisão em 2014.
HISTÓRIA
Fundado oficialmente em janeiro de 2005, o Esporte Clube Primeiro Passo Vitória da Conquista surgiu através de um trabalho voltado para a inclusão social idealizado pelo atual presidente Ederlane Amorim.
"Sou mineiro, mas moro na cidade desde os seis anos. A cidade gosta muito de futebol, mas ficou sem um time profissional por quase quatro anos. Por isso, despertei o desejo de ter um time", explicou Amorim, que foi ex-jogador de futebol e atuou em vários clubes do interior de São Paulo.
"Fui mais determinado do que talentoso", completou o dirigente, que após assumir o clube se formou em Administração.
Fonte: Folha de São Paulo
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