O turista espanhol Juan Carlos Sanchez esperava na quarta-feira (18) no principal museu da Tunísia para ir almoçar com seu guia quando um homem passou
correndo, fugindo de disparos.
Enquanto os atiradores disparavam contra os turistas, Sanchez e Cristina Rubio, que está grávida de quatro meses, esconderam-se em pânico —e permaneceram assim a noite inteira, horas depois de a polícia matar dois militantes e de os outros visitantes do Museu Nacional do Bardo terem sido escoltados em segurança.
"Vimos um homem surgir correndo, perseguido por tiros de um terrorista. Apenas vimos o homem, que caiu no chão, e percebemos que alguém disparava e fomos nos esconder", disse Sanchez à Associated Press da maternidade de um hospital de Túnis nesta quinta-feira (19).
"Nos abrigamos em um pequeno cômodo e ali ficamos até a polícia nos encontrar hoje."
Apesar de a voz de Sanchez estar tranquila, seus olhos se arregalaram enquanto relembrava o ataque e a subsequente vigília durante toda a noite no museu.
"Passamos a noite toda ali e pensamos que os terroristas ainda estivessem do lado de fora", disse. "Mas era simplesmente a polícia procurando pessoas. Pensamos que fossem terroristas, esse é o motivo de não termos nos aventurado e saído de onde estávamos."
Depois de os dois terem ressurgido em segurança após o amanhecer desta quinta, Rubio sentou-se em uma cama na maternidade perante uma bandeja de cuscuz e outros alimentos que ficaram sem ser consumidos, sorrindo enquanto recebia uma visita do ministro da Saúde tunisiano, Said Aidi.
O ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, disse em Valencia que funcionários consulares da Espanha e a polícia procuraram durante toda a noite o casal, que não constava nem na lista de mortos nem da que apontava os nomes daqueles encontrados em segurança após o ataque ao museu.
Fonte: Folha de São Paulo
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