Agredir um vereador durante a sessão foi a maneira que o ex-prefeito de Orlândia (SP), Oswaldo Ribeiro Junqueira Neto, o Vado, alegou ter encontrado para revidar
ofensas que ele e sua mulher vinham sofrendo há meses. Na segunda-feira (23), ele invadiu o plenário e bateu no parlamentar Luiz Antônio Abreu (PSB), o Goiano, depois que este discutiu com sua mulher, a vereadora Michele Ribeiro Ruffo Junqueira (PMDB).
Sem se mostrar arrependido pela atitude, o ex-prefeito disse nesta terça-feira (24) que fez aquilo que considerava necessário e que o faria novamente, caso as ofensas se repetissem. “Eu resolvi da maneira que deveria ter resolvido. Se ele fizesse de novo essa agressão contra ela, eu não teria outra coisa a fazer senão fazer o que eu fiz”, disse Vado.
A confusão aconteceu quando Vado invadiu o plenário e agrediu Goiano com socos e pontapés, depois que a sessão foi suspensa pelo presidente da Câmara, Luiz Carlos Vilarim, o Beia (PSDB). As imagens foram gravadas pelo portal Orlândia Online, que transmite as sessões ao vivo. O vereador agredido quer a cassação de Michele.
‘Não dá para conversar’
Vado conta que acompanhava a sessão pela internet quando viu a discussão entre sua mulher e Goiano e foi informado que Michele havia se retirado do plenário após se sentir ofendida. “Como eu vi que a discussão tinha sido feia, eu fui para lá. Fui tirar satisfação com ele e aconteceu aquilo”, afirmou.
Segundo ele, não foi a primeira vez que o parlamentar faltou com respeito com ele e com sua mulher. “O vereador vinha provocando minha esposa, citando minha pessoa, agredindo meu mandato. Várias sessões, coisa de dois, três meses. Até no ano passado quando ele era presidente da Câmara.”
Vado disse que fez o que era preciso e que, com Goiano, “não dá para conversar”. “Ele age com um cinismo, não só em relação a mim, mas também com outros vereadores."
Providências
Segundo o presidente da Câmara, Luiz Carlos Vilarim (PSDB), o clima na Casa já estava tenso antes da entrada do ex-prefeito e, até por isso, a sessão foi suspensa. “Antes de acontecer, os nervos já estavam acalorados e eu suspendi a sessão. Quando voltamos para continuar, aconteceu isso. Foi uma atitude que causou surpresa. Saiu da esfera política e partiu para o pessoal”, afirmou.
Ele informou que está analisando, junto à comissão jurídica da Câmara, quais providências podem ser tomadas. Durante a briga, um vidro da janela foi trincado e a haste da bandeira do Brasil, entortado.
“A Câmara tem a obrigação de registrar boletim [de ocorrência] porque houve até dano ao patrimônio público. Então vai ser registrado e depois veremos como daremos sequência”.
Fonte: G1
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