Em meio ao escândalo da Operação Lava Jato e processos trabalhistas, a Petrobras convidou magistrados da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro a visitar as instalações da
empresa no Rio Grande do Norte, gerando mal estar entre os juízes, informa reportagem do jornal O Globo deste domingo (29).
“Também constava entre as atividades previstas uma visita ao Museu do Petróleo e um jantar de confraternização com apresentação cultural. Os convidados ficariam hospedados num resort em Mossoró, de hoje a 1º de abril. Todas as despesas seriam pagas pela empresa, que ofereceu dez convites. A comitiva chegaria em Fortaleza, e iria de van até Mossoró”, diz a reportagem, que prossegue:
“No último dia 9, o prédio do TRT no Rio foi invadido por 300 operários da Alumini, empresa que atua no Comperj – obra tocada pela Petrobras – e que está em recuperação judicial. Eles cobravam da estatal o atraso dos últimos cinco salários, além de benefícios, totalizando uma dívida de R$ 14 milhões”.
A reportagem destaca ainda que os magistrados ficaram hospedados em um dos mais caros hotéis da cidade, o Thermas, com diárias de R$ 240,00. “O GLOBO apurou que ao menos dois juízes criticaram a “falta de bom senso” tanto da estatal como da presidência do TRT pelo momento delicado pelo qual passa a empresa, envolvida em desvios bilionários investigados na Operação Lava-Jato”, continua o texto.
A visita não prosperou porque no dia 11 de março, a presidente do TRT do Rio, desembargadora Maria das Graças Cabral, ordenou o cancelamento da visita. Ao Globo, a Petrobras confirmou o cancelamento da viagem e disse que promove um programa de visitas corporativas desde 1999, que “atende a objetivos estratégicos para consolidar a imagem de empresa de energia social e ambientalmente responsável, além de mostrar transparência por meio de visitas às suas instalações”. Ela não comentou a razão do cancelamento.
Fonte: Portal Noar
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