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quarta-feira, março 18, 2015

Paralisação dos Correios atinge pelo menos 6 estados nesta quarta

Em Cascavel, no oeste, categoria calcula que 20% dos funcionários dos Correios aderiram à paralisação (Foto: Sintcom-PR / Divulgação)Funcionários dos Correios fazem paralisações, nesta quarta-feira (18), em pelo menos 6 estados: Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Na terça (17), a categoria fez protestos também em Alagoas.
Entre as reivindicações nacionais, está a não privatização da empresa, a manutenção dos empregos, o aumento de direitos e melhores condições de trabalho. Os sindicatos também têm pautas específicas para cada região.
Em nota, os Correios afirmam que não existem planos de privatização. A estatal diz que apresentou um projeto de reestruturação interna, que não possui relação com o capital dos Correios, que permanece 100% público. Segundo a empresa, o objetivo é "diversificar sua área de atuação, rentabilizar a estrutura existente e garantir a sustentabilidade da empresa".
Com o início de greve, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que as duas entidades que representam os trabalhadores – Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e Federação Interestadual de Sindicatos de Trabalhadores dos Correios (Findect) –,  mantenham efetivo mínimo de 80% em cada uma das unidades localizadas nas bases de atuação.
Os grevistas também não podem impedir o livre trânsito de bens, pessoas e carga postal nas unidades dos Correios.
VEJA A SITUAÇÃO EM CADA ESTADO
ALAGOAS
ADESÃO: Ainda não informada.
SITUAÇÃO: Protesto em Maceió na terça-feira.
O QUE DIZ O SINDICATO LOCAL: "Estamos protestando contra a sobrecarga de trabalho, a retirada de vigilantes de algumas unidades do interior e a substituição da diretoria regional”, disse o presidente do Sintect, Altannes Holanda.
BAHIA
ADESÃO: 60% a 70% dos funcionários, segundo previsão do sindicato
SITUAÇÃO: Greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira.
O QUE DIZ O SINDICATO LOCAL: Segundo o presidente do Sincotelba, Josué Canto, há duas motivações para a greve: "ameaça de privatização e progressiva redução de direitos dos funcionários da empresa". Conforme Canto, entre as insatisfações dos trabalhadores, está a aprovação de uma medida, válida a partir de abril deste ano, relacionada ao desconto salarial para o fundo de pensão, que sobe de 3,94% para 25,98%. "Descobriram um rombo no fundo e agora querem penalizar os trabalhadores", afirmou.
MINAS GERAIS

ADESÃO: Ainda não informada.
SITUAÇÃO: Greve a partir desta quarta-feira.
O QUE DIZ O SINDICATO LOCAL: A categoria é contra a terceirização do serviço e reclama também de descontos de mais de quase 30% no salário e da qualidade do plano de saúde para funcionários. Todas as regiões de Minas Gerais, exceto o Triângulo Mineiro e a Zona da Mata, aderiram ao movimento, de acordo com a entidade local.
PARAÍBA
ADESÃO: Ainda não informada.
SITUAÇÃO: Paralisação por 24 horas.
O QUE DIZ O SINDICATO LOCAL: Uma das principais reivindicações da categoria é a contratação de novos servidores, que já foram aprovados em concurso.
PARANÁ
ADESÃO: Ainda não informada.
SITUAÇÃO: Paralisação por 48 horas.
O QUE DIZ O SINDICATO LOCAL: "O ponto principal não é ainda a campanha salarial, mas a manutenção do emprego. O último concurso público dos Correios foi em 2011, então há uma defasagem muito grande de trabalhadores", afirmou o diretor do Sintcom-PR Wilson Dombroski.
SANTA CATARINA
ADESÃO: Ainda não informada.
SITUAÇÃO: Greve a partir desta quarta-feira.
O QUE DIZ O SINDICATO LOCAL: Segundo o presidente do Sintect/SC, Gilson Vieira, a principal bandeira da categoria é uma possível privatização. "A empresa elabora um plano de contratação de funcionários tercerizados e incentiva planos de demissão voluntária, a caminho de um sucateamento. Também pedimos direitos trabalhistas", disse.
Somente algumas agências devem atender nestes dois dias, e as entregas de correspondências devem atrasar.
SÃO PAULO
ADESÃO: 100 em Piracicaba; número não informado em São José dos Campos.
SITUAÇÃO: Paralisação por 24 horas em São José dos Campos e greve em Piracicaba.
O QUE DIZ O SINDICATO LOCAL: Em Piracicaba, a paralisação afeta, principalmente, o setor de cartas e distribuição. As agências continuam abertas. De acordo com o diretor do (Sintect-Cas), Hernandes Nascimento, a luta é pela defesa dos direitos dos trabalhadores.
Em São José dos Campos, a greve faz parte de uma campanha nacional contra a condução dos negócios da estatal, que inclui o fechamento da unidade no município.

Fonte: G1

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