O Estado Islâmico assumiu nesta quinta-feira (19) a autoria do atentado que deixou 23 mortos, a maioria estrangeiros, em um museu
em Túnis, na Tunísia, informou o portal especializado em monitoramento de terrorismo na internet SITE.
Em uma gravação de áudio distribuída online, o grupo elogiava os dois autores do ataque, chamados de "cavaleiros do Estado Islâmico", que estavam armados com submetralhadoras e bombas e "conseguiram cercar um grupo de cidadãos de países cruzados, semeando o terror nos corações dos infiéis".
"O que vocês viram é apenas o começo. Vocês não vão desfrutar de segurança nem paz", continua a gravação.
Três dias antes do ataque, o EI havia publicado um vídeo convocando jihadistas da Tunísia a "agirem", segundo o SITE. De acordo com a diretora do SITE, Rita Katz, "há tempos os jihadistas pediam um ataque na Tunísia em nome do EI".
Um relatório do portal informou que foi usada a hashtag "#Invasion_ofTunisia" em mensagens jihadistas retweetadas mais de 6.000 vezes nos últimos dias. Apesar de nenhum grupo terrorista ter reivindicado o ataque, perfis no Twitter ligados ao EI comemoraram o atentado.
Ainda na quarta-feira, a chefe de diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, havia responsabilizado o EI pelo ataque.
"Com o ataque em Túnis hoje, a organização terrorista Daesh [Estado Islâmico, em árabe] está novamente tornando alvos os países e as pessoas da região do Mediterrâneo", disse ela em uma nota.
O premiê da Tunísia, Habib Essid, disse nesta quinta-feira (19) que um dos atiradores envolvidos no atentado era conhecido pelas autoridades de segurança do país.
A polícia deteve nove suspeitos de envolvimento no ataque.
Essid disse à RTL Radio que os serviços de segurança haviam monitorado Yassine Laabidi, mas desconheciam a existência de alguma ligação sua com grupos militantes ou alguma ameaça específica.
O outro atirador, morto durante ação da polícia, foi identificado como Hatem Khachnaoui. A polícia do país busca dois ou três terroristas suspeitos de envolvimento no ataque.
Essid afirmou também que o Exército será enviado para patrulhar as maiores cidades do país.
Entre os mortos no atentado estavam três tunisianos, entre eles um policial, e 20 turistas estrangeiros dos seguintes países: Japão, Itália, Colômbia, Austrália, França, Polônia, Espanha e Reino Unido.
Nove dos turistas mortos eram passageiros do cruzeiro MSC Splendida, informou a empresa, que explicou que outros seis não retornaram ao navio.
Fonte: Uol
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