Um dispositivo de segurança que lança uma fumaça espessa quando um caixa eletrônico é arrombado passou no primeiro teste, na
madrugada desta terça (10).
Graças a esse sistema, foram presos três suspeitos de atacar uma agência bancária na zona norte de São Paulo. Segundo a polícia, a falta de visibilidade provocada pela fumaça dificultou a fuga.
O lançador de fumaça é uma das medidas de segurança que estão em discussão pelo governo de São Paulo e pelos bancos para conter a série de ataques a caixas eletrônicos no Estado.
As ferramentas estão em análise por um grupo formado pela inteligência das polícias Civil e Militar, além de representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Segundo a Folha apurou, o método de aplicação de tinta vermelha nas notas de caixas explodidos deve ser substituído. Anunciada como panaceia, a estratégia foi rapidamente superada por criminosos com o uso de produtos capazes de remover a tinta.
Um dos planos do governo seria uma versão mais radical desse processo. Em lugar de apenas manchar, os caixas teriam um dispositivo para destruir as notas após a explosão.
A legislação brasileira, no entanto, proíbe a destruição de papel moeda. O governo paulista consultará o Banco Central sobre a proposta.
Outra ideia, defendida por policiais, seria o fechamento das agências com grades durante a madrugada, mas essa opção sofre resistência de integrantes do grupo de estudo.
A próxima reunião do grupo está marcada para o dia 20.
Conforme a Folha revelou neste domingo (8), além da região metropolitana, o interior do Estado registra uma série de ataques a agências em cidades pequenas.
Armados com fuzis e em grande número, os assaltantes chegam a expulsar os PMs da cidade para explodir os caixas eletrônicos.
Procurada, a Febraban não comentou sobre a ineficácia da tinta nem sobre os métodos que pretende implantar.
De acordo com a Secretaria da Segurança, as quadrilhas responsáveis pelas explosões foram mapeadas e nos últimos 12 meses mais de 170 pessoas foram presas em todo o Estado suspeitas de cometer esse tipo de crime.
Fonte: Folha de São Paulo
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