Uma dona de casa de 31 anos, que preferiu não ser identificada, procurou a Polícia Civil para denunciar que foi estuprada durante 18 anos pelo padrasto, que tem 63
anos, em Nova Aurora, no sudeste de Goiás. Neste período, segundo a vítima, ela engravidou duas vezes do suspeito, mas apenas um filho nasceu. A mulher afirma que a mãe sabia do crime, mas era ameaçada para não contar à polícia.
A vítima disse que os abusos começaram quando ela tinha 13 anos e, desde então, eram frequentes. Após tantos anos sendo violentada, a mulher afirma que decidiu enfrentar as ameaças feitas pelo padrasto e o denunciou. Ele foi preso enquanto tentava fugir da cidade carregando uma espingarda.
Durante os 18 anos de abuso, a vítima afirma que ficou grávida duas vezes. Na primeira delas, aos 16 anos, a dona de casa afirma que foi obrigada a fazer um aborto. “Ele chegou com um arame de cobre, com plástico. Eu me lembro até a cor do plástico: azul. Ele descascou as duas pontas para o arame entrar e me furar. E foram muitas vezes, muitas tentativas. Eu sentia dor por dentro, mas não podia reagir”, disse.
Dois anos depois do aborto, a vítima engravidou novamente e deu à luz um menino, que atualmente tem 13 anos. A mulher afirma que a mãe, que ainda é casada com o suspeito, também sofria ameaças do companheiro. “Ele tinha arma dentro de casa, faca e todo tipo de revólver”, disse.
O suspeito foi preso por posse ilegal de arma de fogo e ameaça. A Polícia Civil ainda espera laudos para comprovar o estupro. Só após os resultados dos exames que o padrasto da vítima poderá ser indiciado por esse crime. O homem aguarda a conclusão da investigação preso na cadeia de Goiandira.
Fonte: G1
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