A orientação da presidente Dilma Rousseff é que os ministros tentem encerrar rapidamente a greve dos caminhoneiros. Há temor de que esse movimento possa dar
combustível aos protestos previstos para 15 de março.
A avaliação do Palácio do Planalto é que existem setores do movimento com uma pauta política contra Dilma e o PT e não com uma lista de reivindicações trabalhistas e empresariais. Na visão do governo, já há expectativa de que 20 mil pessoas participem do protesto na capital paulista. Se a greve dos caminhoneiros se prolongar e agravar seus efeitos políticos e econômicos, poderá ser uma faísca a incendiar os protestos marcados para o mês que vem.
O movimento dos caminhoneiros tem uma pauta ampla, que trata de preço do frete, do combustível, do pedágio e de aumento da jornada de trabalho. Isso envolve vários ministérios e o Congresso. Há ainda muita divisão entre os líderes grevistas, o que torna difícil encontrar quem possa celebrar um acordo efetivo com o governo.
Os principais temores do Palácio do Planalto são em relação à duração da greve. O movimento já atinge 12 Estados nesta manhã e tem crescido. Tem provocado alta do preço dos combustíveis em algumas regiões e até desabastecimento.
Se a paralisação durar mais tempo, a produção de alimentos poderá ser ainda mais afetada e gerar maior desabastecimento. Isso teria um efeito econômico ruim num ano que já anda complicado desse ponto de vista.
Esse efeito geraria ainda uma imagem de desordem no país, que poderia afetar ainda mais a popularidade do governo e alimentar um clima de radicalização do debate público, que já anda bem apimentado.
Fonte: Blog do Kennedy
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