O teste para determinar se havia traços de pólvora nas mãos do promotor argentino Alberto Nisman "deu negativo", informou nesta terça-feira (20) Viviana Fein, a
promotora que investiga sua morte, após o corpo dele ter sido encontrado com um disparo na cabeça em seu apartamento em Buenos Aires.
"Por ser uma arma de calibre pequeno, calibre .22 e não uma arma de guerra, normalmente isso provoca que a varredura eletrônica não indique resultados positivos", argumentou Fein à rádio 'Mitre' após explicar que as perícias deram negativo.
"Isso não descarta que ele mesmo a tenha disparado", acrescentou a promotora, que pediu que seja esperado o resultado de todos os exames solicitados, entre eles o de DNA do sangue achado na arma.
Os dados provisórios da autópsia do corpo de Nisman apontam que em sua morte 'não houve intervenção de terceiras pessoas".
Além disso, as perícias policiais confirmaram que o disparo que lhe causou a morte procedeu da arma achada embaixo de seu corpo.
Nisman foi encontrado morto horas antes de seu comparecimento previsto ao Congresso para informar sobre a denúncia contra a presidente Cristina Kirchner por suposto encobrimento de supostos terroristas iranianos que mataram 85 pessoas em um atentado à associação judaica Amia em 1994.
A morte do promotor gerou uma forte comoção na sociedade argentina, e nesta segunda-feira milhares de pessoas se solidarizaram com a causa através das redes sociais, sob o lema #YoSoyNisman, e nas ruas das principais cidades do país para reivindicar "verdade e justiça".
Fonte: G1
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