Para o Rio Grande do Norte, que fecha o ano de 2014 com a expressiva quantidade de mais de 1.000 turbinas eólicas instaladas, as perspectivas para este início de
ano de 2015 não poderiam deixar de ser otimistas. O estado deverá quebrar logo nesse primeiro trimestre de 2015 a barreira dos 2 MW de potencia eólica.
No final do ano passado, foram liberados pela Aneel, para entraram em operação comercial, os parques eólicos de Renascença I a IV, Ventos de São Miguel e Carcará II. Cada um dos 4 parques Renascença e o parque Ventos de São Miguel é composto por 15 turbinas eólicas de 2 MW do fabricante dinamarquês Vestas, somando um total de 150 MW, de propriedade da Brookfield Energy Partners, localizados no município de Parazinho.
Além destas, 75 turbinas eólicas, tivemos a entrada em operação das unidades 3, 6 e 9, que completaram a operação do parque eólico Carcará II, da Voltalia,que usa 10 máquinas Acciona AW300 de 3 MW, instaladas na cidade de Areia Branca. Após o acréscimo destas 78 turbinas e 159 MW, o estado do Rio Grande do Norte alcança a surpreendente quantidade de 1.007 turbinas eólicas através de uma potência instalada de 1.734.997MW e 65 parques eólicos em operação. É o primeiro estado brasileiro a quebrar a barreira de 1000 turbinas eólicas em operação, sendo também o primeiro estado a quebrar a barreira de 1GW de potência eólica instalada, fato que ocorreu na metade de 2014. Além destes números, o RN está começando este ano quebrando a barreira de 2 GW de potência eólica instalada, após a conexão prevista de diversos parques à Subestação de João Câmara III, por meados desse mês de janeiro e início de fevereiro.
Apesar de o RN ter tido um desempenho muito aquém do que se esperava nos leilões realizados no ano passado, as possibilidades de investimento de grandes empresas aumentam a cada temporada, segundo Jean-Paul Prates. Ele disse ainda que para que o estado se mostre atrativo, é importante que o atual governo possa conceder políticas de incentivo aos investidores como vem ocorrendo em outros estados.
“Hoje, o empresário que quer investir na capacidade eólica do nosso estado não sabe quem ou o quê procurar para conquistar benefícios. Fica completamente perdido, caindo na burocrática que ainda impera no RN. O estado precisa oferecer pacotes atrativos e um ambiente mais organizado para os empresários poderem investir com maior segurança. Essa deve ser uma das metas do Estado a partir deste ano”, afirmou.
Setor eólico continua em expansão em todo RN
Mesmo diante dos entraves burocráticos e da falta de políticas públicas para o setor, o desempenho do RN no setor eólico faz de Parazinho o município do Brasil com o maior número de máquinas instaladas. Esse dado reforça a importância da produção eólica para o desenvolvimento econômico e social do município, que por muitos anos sobreviveu da agricultura familiar e do Programa Bolsa Família, hoje está com sua economia pautada na produção de energia eólica.
Outro município do RN que se destacou na produção energia eólica em 2014 foi Areia Branca. A cidade conquistou a implantação da indústria de fabricação de aerogeradores e torres. A empresa Acciona investiu quase R$ 60 milhões para se instalar na cidade, gerando emprego e renda para toda a região.
Além dos 90MW de Areia Branca, outros projetos eólicos estão em fase de construção: projetos de São Miguel do Gostoso (RN – 108MW com início de operação comercial no segundo trimestre de 2015) e os projetos de Vamcruz (CE – 93MW com início de operação comercial no primeiro semestre de 2016).
Os 1.7MW de capacidade instalada no RN também são resultado dos investimentos feitos ao longo dos últimos quatro anos. O RN tem um ativo muito grande de capacidade de energia instalada, o que pode atrair novos investidos nos próximos leilões.
Fonte: Defato
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