O presidente italiano, Giorgio Napolitano, renunciou nesta quarta-feira (14) ao cargo. Napolitano, de 89 anos, anunciou no mês passado que se retiraria
antes da expiração de seu mandato, em 2020.
Este ex-comunista foi reeleito em 2013 por falta de um acordo no Parlamento sobre um novo candidato.
O veterano militante antifascista, amigo do poeta chileno Pablo Neruda quando se exilou na ilha de Capri e em Nápoles, desejava se afastar para uma vida tranquila.
A renúncia abre um delicado processo político para a nomeação de um novo chefe de Estado. Rumores sobre a renúncia do presidente já circulavam desde o fim de 2014. Ele aceitou relutantemente um segundo mandato em 2013, em um momento de crise política no país.
Depois da eleição, ele trouxe alguma estabilidade política para a Itália ao indicar Enrico Letta, do Partido Democrático, de centro-esquerda, para formar um governo de ampla coalizão. Mas Letta renunciou em fevereiro, depois de perder batalha pela liderança de seu partido para o atual premiê, Matteo Renzi.
Renzi, de 40 anos, disse que deseja fechar um acordo rapidamente tanto com seu partido como com a oposição para escolher um sucessor. Mas a votação parlamentar secreta é imprevisível, e alguns analistas dizem que Renzi pode pressionar por uma nova eleição geral se não houver apoio amplo em torno de um nome para o próximo chefe de Estado.
Napolitano confidenciou a amigos que sofre de uma série de problemas relacionados à idade que tornam difícil para ele continuar no cargo, segundo o jornal “Corriere della Sera”.
Já o "La Repubblica” citou Emanuele Macaluso, um político aposentado e amigo próximo de Napolitano, para dizer que a decisão de renunciar "já está definida" e que o país não pode pedir para Napolitano "fazer mais sacrifícios".
Fonte: G1
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