O secretário da Justiça da França, François Molins, afirmou que nenhum dos quatro reféns foi morto durante a operação de
resgate no sequestro a uma loja judaica em Paris. Eles foram assassinados por Amedy Coulibaly, 32, quando o sequestrador invadiu o local.
A afirmação foi feita durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (9), após o desfecho de duas ações antiterroristas, que culminaram com a morte de Coulibaly e dos irmãos Said e Chérif Kouachi, em Dammartin-en-Goële, a cerca de 40 km de Paris.
Segundo Molins, essa constatação se deve pelo estado dos quatro corpos que foram encontrados dentro da loja, além das declarações feitas por Coulibaly a um canal de televisão francês durante o sequestro, e dados preliminares de autópsias.
Outras informações dadas pelo secretário de Justiça foram a de que havia explosivos tanto na loja em Paris como na empresa de impressão onde ficaram sitiados os irmãos Kouachi, autores do atentado à revista "Charlie Hebdo".
A investigação do atentado à revista revelou, de acordo com Molins, que pessoas ligadas a Coulibaly e aos irmãos Kouachi trocaram ao menos 500 ligações telefônicas nos últimos dias.
A ligação entre Chérif e Coulibaly também ficou evidente devido a participação deles no plano de fuga de Smain Ait Ali Belkacem, outro radical islâmico, condenado em 2002 a prisão perpétua por um atentado terrorista de 1995 na França.
Em contato com a polícia, Coulibaly afirmou ainda que mataria todos os 16 reféns mantidos na loja judaica caso a polícia invadisse o local onde os Kouachi estavam.
No entanto, foram os próprios irmãos que tomaram a iniciativa, segundo Molins, de sair da empresa de impressão, momentos depois de libertarem um refém (uma segunda pessoa, no entanto, estava escondida dentro do prédio, e só sairia depois do tiroteio). Eles abriram fogo contra os agentes que sitiavam o local. Bombas de fumaça foram atiradas pela polícia, mas eles continuaram a atirar, ferindo um agente. Então, foram mortos pelas forças de segurança.
Dado o desfecho em em Dammartin-en-Goële e a ameaça de Coulibaly, a loja judaica foi invadida minutos depois.
Fonte: Uol
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