O Japão continua intensificando nesta terça-feira (27) seus contatos com a Jordânia para conseguir a libertação de Kenji Goto, o jornalista japonês sequestrado pelo
Estado Islâmico (EI), enquanto se coloca a possibilidade de que a mesma aconteça dentro de uma troca de reféns entre o governo jordaniano e o grupo jihadista.
"Há avanços nos contatos com a Jordânia", disse o vice-ministro das Relações Exteriores japonês, Yasuhide Nakayama, em declarações divulgadas pela emissora pública de TV do Japão, 'NHK'.
Nakayama, que chefia a equipe especial que trabalha em Amã, a capital da Jordânia, para gerenciar a crise dos reféns, também acrescentou que os dois países concordam com a meta de libertar o piloto jordaniano Muaz Kasasbeh, retido desde dezembro pelo EI.
Em uma gravação exibida na internet no último fim de semana, o grupo jihadista pediu a libertação da extremista Al Rishawi, condenada à morte na Jordânia por um atentado fracassado, em troca da libertação do jornalista japonês.
Além disso, o jornal jordaniano "Jordan Times" afirmou nesta segunda-feira (26) que o EI teria proposto uma troca "2+2", que consistiria em libertar o piloto e o jornalista em troca de Al Rishawi e de outro jihadista condenado em 2008 pelas autoridades jordanianas.
O ministro porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, evitou fazer qualquer comentário ao ser perguntado se o Executivo japonês teria pedido à Jordânia a libertação de Al Rishawi para, em troca, conseguir o retorno de Goto.
A possibilidade de uma troca, que Tóquio e Amã analisam com cautela há dias, foi rejeitada publicamente pelos Estados Unidos, aliado do Japão e da Jordânia.
Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, disse em entrevista coletiva que a troca "entraria dentro da mesma categoria" que o pagamento de um resgate e que representaria a aceitação das exigências de um grupo terrorista.
Goto, de 47 anos, é um dos dois reféns japoneses sequestrados pelo EI, que no sábado anunciou a execução do outro, Haruna Yukawa.
A organização jihadistas anunciou a execução através de uma gravação acompanhada de uma imagem na qual Goto exibe uma fotografia de Yukawa, que foi supostamente decapitado.
O governo japonês continua analisando a autenticidade do áudio e da fotografia, mas considera que "há muitas possibilidades" de que o material seja real.
Fonte: G1
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