"Isso sim é fazer história."
A frase do zagueiro Pedro Henrique não se refere apenas ao nono título da Copa São Paulo de futebol júnior ganho pelo Corinthians.
A vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP, neste domingo (25), no Pacaembu, fez com que o time levantasse seu terceiro troféu importante em torneios sub-20 em 50 dias.
A primeira taça foi a do Paulista, conquistada em 6 de dezembro, diante do Grêmio Osasco. O título brasileiro, festejado sobre o Atlético-PR, foi obtido 15 dias depois.
"A gente se colocou em um patamar na base no Brasil que dificilmente irão nos alcançar", disse o técnico Osmar Loss após a partida.
Depois de ganhar tudo na categoria sub-20, a geração de ouro corintiana tem uma tarefa mais difícil que construir essa hegemonia: encontrar espaço em um clube que poucas chances dá à base.
Durante todo o ano passado, só um jogador recentemente criado no Parque São Jorge teve chances regulares na equipe adulta, o atacante Malcom, 18 –o lateral direito Fagner, 25, retornou após passar por Vasco e Europa.
Outros jogadores de destaque formados no Corinthians nos últimos anos, casos do zagueiro Marquinhos (PSG) e do lateral esquerdo Dodô (Inter de Milão), foram para a Europa depois de pouco atuarem pelo time alvinegro.
Dos campeões deste ano, o zagueiro Pedro Henrique, o lateral esquerdo Arana e o atacante Gustavo Tocantins já estão no profissional. Mas, juntos, somam só seis jogos.
"Esse time demonstrou durante o ano todo que merece uma chance no profissional. É a hora de mudar essa estatística", disse o volante Maycon, autor do gol do título.
O gol surpreendeu o jogador. Aos 22 min do segundo tempo, ele arriscou um chute de longe. A finalização não saiu forte, mas o goleiro Talles, até então de Copa São Paulo impecável, aceitou.
Apesar de ter feito o gol do título, Maycon não está entre os favoritos para serem promovidos pelo técnico Tite.
O zagueiro Rodrigo Sam, que anulou o centroavante Isaac, destaque do Botafogo, e o atacante Gustavo Vasconcelos, um dos artilheiros do torneio, com oito gols, e peça pouco participativa na final, são nomes quase certos.
O volante Marciel e os meias Matheus Cassini, que cumpriu suspensão na final, e Matheus Vargas também podem ser promovidos.
"Ainda é cedo para falar. Isso vai ser definido nos próximos dias", afirmou o diretor de futebol Ronaldo Ximenes.
Levantamento publicado ontem pela Folha mostrou que, nos últimos dez anos, só 14,8% dos titulares campeões da Copinha tiveram grande sucesso ou razoável visibilidade na carreira.
Fonte: Folha de São Paulo
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