O FBI prendeu nesta quarta-feira (14) um homem acusado de planejar um atentado contra o Congresso americano, onde
programava detonar bombas inspirado pela milícia radical Estado Islâmico (EI).
Christopher Lee Cornell, 20 anos, natural de Cincinnati, no Estado de Ohio, foi detido sob a acusação de tentativa de assassinato contra funcionários do governo dos Estados Unidos, detalharam as autoridades.
Segundo o FBI, dentro dos "passos finais" antes de viajar a Washington para o ataque, Cornell comprou dois rifles semiautomáticos e 600 cartuchos de munição em uma loja em Ohio.
Segundo a rede de televisão "ABC", o suspeito planejava detonar bombas caseiras no Capitólio e abrir fogo contra funcionários e congressistas que fugissem depois das explosões.
O FBI interceptou Cornell pela primeira vez em agosto, depois de um informante comunicar que ele tinha expressado seu apoio à grupo jihadista, de maneira violenta, em uma conta no Twitter sob o pseudônimo de "Raheel Mahrus Ubaydah".
Cornell teria ainda publicado declarações, vídeos e outros conteúdos de apoio ao EI.
"Acho que deveríamos empreender a jihad sob nossas próprias ordens e planejar ataques e tudo", escreveu Cornell em mensagem eletrônica enviada ao informante em agosto, segundo o FBI.
"Acho que devemos cumprir e fazer nosso próprio grupo, em aliança com o Estado Islâmico aqui, e operações planejadas por nós mesmos", acrescentou.
Esses ataques já teriam recebido a aprovação do clérigo radical Anwar Awlaki "antes de seu martírio". Awlaki é considerado o cérebro de vários planos terroristas contra os Estados Unidos e morreu em um ataque aéreo americano em 2011.
As autoridades americanas consideravam Awlaki um líder operacional dentro da Al Qaeda na Península Arábica, o grupo terrorista com base no Iêmen que reivindicou a autoria do atentado ao jornal satírico francês "Charlie Hebdo", em Paris, na última semana, que deixou 12 mortos.
Fonte: Folha de São Paulo
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