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quarta-feira, janeiro 21, 2015

Exportações do RN crescem 1,4% em 2014, aponta análise do Sebrae

Melão lidera pauta de exportações do Rio Grande do Norte (Foto: Fred Veras/Sebrae)O comércio internacional do Rio Grande do Norte registrou um aspecto positivo no ano passado. As exportações tiveram um crescimento de quase 1,4% em relação a 2013, após uma sequência de anos com quedas e
resultados negativos. O estado fechou o último ano com um acumulado de US$ 251,3 milhões contra US$ 247,9 milhões comercializados no ano anterior. Com isso, o Rio Grande do Norte teve o quarto maior crescimento das exportações entre os estados nordestinos, ficando atrás apenas do Piauí (58,1%), Maranhão (19,3%) e Ceará (3,5%). Os demais estados da região tiveram variação negativa, o que significa quedas nos valores comercializados de um ano para o outro. Os dados constam no Boletim do Comércio Exterior (Brasil, Nordeste e RN), análise elaborada e divulgada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte com base nas informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Entre os produtos exportados em 2014, continuam liderando a pauta os melões e as castanhas de caju, que respondem, respectivamente, por 23,9% e 7,9% do total comercializado. Em seguida, aparecem o sal marinho (7,54%), chapas de outros plásticos (5,33%), tecido de algodão (4,69%), minérios de tungstênio e seus concentrados (4,22%), melancias frescas (3,58%), consumo de bordo (3,53%), bombons, caramelos, confeitos e pastilhas sem cacau (3,49%) e mamões papaias frescos (3,43%). Os principais destinos das exportações potiguares, em 2014, foram os Estados Unidos (18%), seguido da Holanda (16,7%), a Espanha (10,8%), o Reino Unido (8,6%) e a Argentina (4,5%).
Se de um lado houve avanço nas exportações, o crescimento das importações foi ainda mais expressivo: 17,9%. Em 2014, o estado importou em produtos US$ 313,6 milhões contra US$ 266 milhões do ano anterior. Entre os produtos que o estado demandou do mercado internacional, aparecem os trigos e misturas de trigo com centeio como líderes, respondendo por 12,6% do total importado pelo RN em 2014, seguido de fornos não elétricos voltados a minérios e metais (8,1% das importações), máquinas e aparelhos para esmagar minerais sólidos (6,6%), eletrogeradores de energia eólica (3,3%) e, ainda, os cimentos não pulverizados (3,1%).
Com esse cenário, a balança comercial potiguar - diferença entre as exportações e importações  - encerrou o ano com um saldo negativo e atingiu um déficit de 62,3 milhões. O valor supera em mais de três vezes o déficit do ano anterior, que foi de US$ 18 milhões. Isso porque o total de aquisições feitas pelo RN fora do Brasil contabilizou US$ 313,6 milhões, enquanto o envio de produtos para outros países somou US$ 251,3 milhões.
Pela análise, o principal meio de transporte para escoamento dos produtos potiguares continua sendo o marítimo, por onde 84,8% das exportações saíram. Em seguida, vem o modal aéreo, respondendo por 10,6% do traslado das mercadorias potiguares para o mercado externo e, pelas vias rodoviárias, por onde saíram 4% da pauta potiguar para o mundo.
Em relação aos municípios do RN que mais contribuíram para a pauta exportadora do estado em 2014, Mossoró lidera a lista (US$ 75,4 mi), seguido de Natal (US$ 32,4 mi) e São Gonçalo do Amarante (US$ 30,5 mi). Apesar do aumento no valor das exportações desde 2011, a balança comercial do estado obteve o pior desempenho na série avaliada. Até então a menor baixa tinha sido em 2010, quando o RN obteve saldo negativo de US$ 34,6 mi. Em 2014, o saldo negativo foi de US$ 62,3 mi na balança comercial. O resultado se dá pela quantidade de importação menos o saldo em exportação.
Cenário nacional
No ranking dos produtos mais exportados pelo país, as commodities - produtos de baixo valor agregado - continuam obtendo destaque na lista, ano após ano. Os principais produtos da pauta exportadora brasileira, em 2014, foram a soja (10,3% do total enviado ao mercado internacional), seguida pelos minérios de ferro não aglomerados (8,8%), os óleos brutos de petróleo (7,2%), outros açúcares de cana (3,3%) e os bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja (2,7%).
No que tange aos parceiros comerciais do Brasil, em 2014, os principais destinos das exportações brasileiras foram a China – responsável por consumir 18% do total exportado pelo Brasil – seguida pelos Estados Unidos, que respondeu por 12% desse total, e a Argentina, que demandou 6,3% dos produtos brasileiros enviados ao mercado externo.
Além disso, dos dez principais produtos da pauta do Brasil, sete atingiram seus recordes de exportações em 2014, com destaque para a soja, mesmo triturada; farelos e resíduos da extração do óleo de soja e a carne bovina congelada, fresca ou refrigerada.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o número de empresas exportadoras também cresceu no país. Foram 441 novas empresas se lançando às vendas com o mercado externo. O saldo resultou em 19.250 empresas brasileiras exportadoras no último ano, cerca de 2,3% a mais do que em 2013 (18.809 empresas).

Fonte: G1

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