A diretoria da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) afirma que não tem envolvimento com fraudes em licitações ou desvio de recursos
públicos, conforme aponta investigação feita pela Polícia Federal no estado. A nota, que nega qualquer participação em crimes, foi enviada à imprensa no final da manhã desta terça-feira (27), logo após tomar conhecimento da Operação Itaretama, que cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Natal. A operação, além de apontar possíveis irregularidades em contratos firmados pela Caern juntamente com prefeituras do interior, também revela a existência de direcionamento de contratos feitos pelo Dnocs.
Segundo a nota, “a Caern foi surpreendida com o seu nome em matérias relacionadas à Operação Itaretama da Polícia Federal. Sobre as obras citadas na operação, a Diretoria de Empreendimentos da Companhia declara não haver envolvimento com tais contratos investigados, e que não participou de processos licitatórios, e ainda não ser a empresa responsável pelas fiscalizações dessas obras”.
A Caern também afirma que cumpre rigorosamente a Lei de Licitações e que trabalha para garantir lisura em todos os processos que realiza. “A Companhia esclarece ainda que como empresa pública preza pela transparência, realizando todas as publicações que assegurem o conhecimento público. O bem estar da população e bom uso do dinheiro público são valores que permeiam todo e qualquer processo licitatório realizado pela empresa, assim como, o acompanhamento e fiscalização das obras realizadas sob sua responsabilidade”, complementa.
Por fim, a Caern acrescenta que repudia toda e qualquer atitude ilícita daqueles que se apropriaram indevidamente dos recursos públicos e que se coloca à disposição da Polícia Federal para contribuir com as investigações, “esperando que os culpados respondam pelos seus atos de improbidade”.
Operação Itaretama
A Operação Itaretama foi deflagrada na manhã desta terça-feira (27) como resultado de uma investigação realizada pela Polícia Federal. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Natal. Degundo a própria PF, há indícios de desvio de recursos públicos e fraudes em licitações feitas por prefeituras do interior potiguar e na Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), assim como também porssíveis direcionamentos de obras promovidas pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs).
Ainda de acordo com a PF, as investigações foram iniciadas no primeiro semestre de 2014, revelando que “servidores do Dnocs mantinham estreito relacionamento com empresários do setor de engenharia, fazendo com que contratações tenham sido direcionadas e licitações indevidamente dispensadas ou fraudadas”.
De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Federal, as suspeitas recaem, principalmente, sobre as obras de construção de açude no Assentamento 3 de Agosto (Pau de Leite), da adutora de Jucuri, em Mossoró, e na adutora de engate rápido de Jucurutu, ambas situadas na região Oeste potiguar.
“Há indícios de que as obras não foram devidamente fiscalizadas durante sua execução, com prejuízo ao erário público e, também, há fortes suspeitas de corrupção ativa e passiva. Paralelamente, parte do grupo investigado estaria combinando propostas de licitações em prefeituras do RN e na Caern”, informou a PF.
Cerca de 30 policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão.
O nome da operação significa 'região de pedras' e, no passado, foi a denominação do município de Lajes, local onde foi construída a primeira das obras sob suspeita.
Fonte: G1
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