Apesar de Ricardo Motta e Ezequiel Ferreira terem estado ao lado de Henrique Eduardo Alves na última disputa pelo Governo do Estado, é bem verdade que nada representaria mais a continuidade
do poder do peemedebista na Assembleia Legislativa que a eleição de um parlamentar do PMDB, como é Ezequiel Ferreira. Com isso, a eleição não representaria apenas o racha na base, mas também o enfraquecimento de Robinson Faria e o fortalecimento dos peemedebistas de Henrique Eduardo Alves.
Afinal, além de perder a disputa para o Governo do Estado, Henrique também foi derrotado na eleição pela presidência da Federação dos Municípios do RN. Após anos sendo comandada pelo prefeito de Lajes, Benes Leocádio, apadrinhado político de Henrique, a Femurn passou para as mãos de Francisco José Júnior, prefeito de Mossoró e grande cabo eleitoral de Robinson durante a eleição.
A derrota teria feito o presidente do Diretório Estadual do PMDB perder espaço e cargos, fazendo com que ele buscasse espaço nos gabinetes de seus familiares em Brasília (do senador Garibaldi Filho e do deputado federal Walter Alves) e no governo municipal do primo, Carlos Eduardo Alves (PDT). A adesão a gestão municipal, inclusive, teria sido feita sem qualquer contato com o presidente do Diretório Municipal do PMDB, o deputado estadual Hermano Morais, que ainda nutri desejo de ser novamente candidato a prefeito, mas com essa mudança do posicionamento do partido em Natal, teve encerrada, quase que por completo, suas chances.
E lembrar que foi Henrique e o PMDB que comandaram uma campanha eleitoral de difamação contra Robinson Faria em outubro último, comprovada na Justiça Eleitoral com a punição, ao peemedebista, da perda de 15 minutos no programa eleitoral. Diante disso, a vitória de Ezequiel, além de representar uma divisão na base do governador (entre o grupo do vice Fábio Dantas e o grupo do líder José Dias), significaria também a vitória de Henrique Eduardo Alves na Assembleia e a primeira grande derrota de Robinson para o ex-adversário.
Fonte: Portal JH
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