Desde que o São Paulo tirou Kardec do Palmeiras, os dois clubes vivem em pé de guerra. Além de terem cortado relações, vêm disputando
contratações neste começo de temporada. O golpe mais duro, do ponto de vista financeiro, é o de Wesley: em final de contrato com o alviverde (estará livre em fevereiro), o volante vai para o rival de graça; já vestindo a camisa tricolor, ainda pode custar ao ex-clube R$ 21 milhões.
Ao contratar o jogador em 2012, o Palmeiras teve a ajuda de Antenor Angeloni, presidente do Criciúma, que ofereceu garantias para os cerca de R$ 14 milhões pedidos pelo Werder Bremen, da Alemanha. O alviverde não pagou, Angeloni foi executado e acionou a Justiça.
Nessa ação, o juiz determinou a realização de uma perícia, para calcular o valor real atualizado da dívida, e determinar de fato quanto Angeloni precisou desembolsar por causa do Palmeiras. O resultado foi cerca de R$ 21 milhões – abaixo dos R$ 23 milhões calculados pelo próprio mandatário, mas bem acima do pago pelo clube ao Werder Bremen.
O laudo pericial também comprova que os valores de fato foram debitados na conta de Angeloni.A quantia é próxima do que o Palmeiras gastou com Allione, Tobio, Cristaldo e Mouche juntos.
O processo ainda deve demorar para chegar a um final, que certamente virá quando Wesley já não for mais jogador do Palmeiras. Além de vê-lo reforçando um rival com o qual mantém péssimas relações, o alviverde pode ser forçado a desembolsar um valor digno de um reforço de peso enquanto isso acontece.
A situação pode criar mal estar, e até alimentar ainda mais a rivalidade entre os dois clube: no último capítulo, o São Paulo acabou ficando a ver navios: estava otimista sobre a contratação de Dudu, que acertou com o Palmeiras.
A sua origem, porém, é mais antiga: o acordo com Angeloni, assim como a chegada de Wesley à Academia aconteceram na gestão de Arnaldo Tirone, antecessor de Paulo Nobre na presidência alviverde.
Fonte: Uol
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